O dólar opera em alta no mercado à vista na manhã desta quinta-feira, 14, alinhado à valorização externa, mas desacelerou um pouco, na esteira dos Treasuries. A curva de juros dos títulos norte-americanos virou para baixo, puxando junto os juros futuros, que abriram com viés positivo.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) foi monitorado nos primeiros negócios, mas sem efeito aparente na precificação.
A economia brasileira cresceu 0,84% em setembro, na comparação com agosto, segundo a série com ajuste sazonal do IBC-Br. O resultado ficou mais perto do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,90%, do que da mediana, de 0,56%. Em pontos, o índice passou de 152,6 para 153,9, o maior nível da série histórica.
Os rendimentos dos Treasuries atingiram as mínimas do dia e o dólar perdeu força no exterior após a diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) Adriana Kugler dizer, em discurso, que seria apropriado o BC dos EUA continuar reduzindo juros gradualmente se o mercado de trabalho do país desacelerar de forma repentina.
Ainda assim, o dólar segue ganhando com uma extensão do rali desde que o republicano Donald Trump ganhou a eleição presidencial dos EUA, há mais de uma semana. A queda de 1,37% do minério de ferro em Dalian contribui para a demanda cambial defensiva, enquanto o mercado local segue à espera do anúncio do pacote de corte de gastos pelo governo, que deve ocorrer na próxima semana, após a reunião de cúpula do G20, que termina na terça-feira.
O Ministério da Fazenda teria indicado ao Congresso que o pacote seria de R$ 70 bilhões em cortes nos próximos dois anos, segundo a Veja. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou ontem à tarde em "pacote expressivo", o que ajudou a limitar as perdas nos mercados.
Mais cedo, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,45% em novembro, após avanço de 1,34% em outubro, superando a mediana de 1,41% das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, num intervalo de 1,27% a 1,59%.
Às 9h36, o dólar à vista subia 0,27%, a $ 5,8054. O dólar para dezembro caía 0,05%, a R$ 5,8145.