O dólar passou a rodar perto da estabilidade na manhã desta sexta-feira, 2, após cair mais cedo em linha com o exterior. O ajuste de baixa perdeu força frente o real e outros pares emergentes, como peso mexicano, diante da alta dos juros dos Treasuries e após a queda de 2,23% do minério de ferro na China. Os investidores estão no aguardo do driver do dia, o relatório de empregos, payroll, dos Estados Unidos em janeiro, que deve guiar as apostas sobre o início do corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) neste ano.
A produção industrial brasileira subiu 1,1% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, divulgou mais cedo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio no teto das projeções de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,3% a alta de 1,1% com mediana positiva de 0,2%. Em relação a dezembro de 2022, a produção subiu 1,0%, ante mediana negativa esperada de 0,3%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo de 1,8%% a alta de 1,2%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,46% em janeiro, de 0,38% de dezembro e de 0,34% na terceira quadrissemana do mês passado, praticamente no teto das previsões do Projeções Broadcast, de +0,47%. No período de 12 meses até janeiro, o IPC-Fipe acumulou inflação de 2,98%, abaixo dos 3,15% de 2023.
Para os dados do mercado de trabalho norte-americano, a expectativa é de que a economia dos EUA tenha criado 195 mil empregos em janeiro, segundo a mediana dos 27 analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Caso se confirme, o resultado representará nova desaceleração, após as 216 mil vagas geradas em dezembro, sob efeito do aperto monetário conduzido pelo Fed pra conter a atividade e, por consequência, levar a inflação de volta à meta de 2%. A taxa de desemprego deve subir levemente, de 3,7% em dezembro a 3,8% em janeiro, segundo a mediana das análises. Já o salário médio por hora deve desacelerar na leitura mensal, para uma alta de 0,3% ante o mês anterior (de avanço de 0,44% visto em dezembro), e repetir o ganho anual de 4,1% visto em dezembro.
Às 9h39, o dólar à vista tinha viés de baixa de 0,01%, cotado a R$ 4,9153, ante mínima a R$ 4,9098 (-0,11%). O dólar futuro de março perdia 0,05%, a R$ 4,9270.