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Dólar cai com exterior em dia de ajustes e volta a ficar abaixo de R$ 5,40

O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, 24, em baixa de 0,93%, a R$ 5,3904, após ter tocado R$ 5,3767 na mínima pela manhã. Foi o segundo pregão consecutivo de queda da moeda norte-americana no mercado local, depois de ter alcançado na quin

Antonio Perez (via Agência Estado)

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Escrito por Antonio Perez (via Agência Estado)
Publicado em 24.06.2024, 17:49:00 Editado em 24.06.2024, 17:56:55
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O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, 24, em baixa de 0,93%, a R$ 5,3904, após ter tocado R$ 5,3767 na mínima pela manhã. Foi o segundo pregão consecutivo de queda da moeda norte-americana no mercado local, depois de ter alcançado na quinta-feira, 20, o maior valor de fechamento desde 22 julho de 2022. O real, que tem apanhado mais que os pares recentemente, hoje apresentou um dos melhores desempenhos entre as principais moedas globais.

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Com agenda esvaziada e sem ruídos políticos, investidores aproveitaram o enfraquecimento do dólar no exterior para promover ajustes, como realização de lucros e desmonte parcial de posições cambiais defensivas.

Além disso, houve relatos de entrada de recursos por parte de exportadores, que se beneficiaram da arrancada da moeda na semana passada.

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A piora das projeções de inflação no Boletim Focus e os dados de contas externas em maio, ambos divulgados pela manhã, foram apenas monitorados, sem impacto relevante na formação da taxa de câmbio. Subiram novamente as expectativas para o IPCA em 2024 (de 3,96% para 3,98%) e em 2025 (3,80% para 3,85%), apesar de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido na última quarta-feira, 19, a taxa Selic em 10,50%, em decisão unânime.

"O comportamento do mercado de câmbio hoje refletiu mais um ajuste técnico, após a alta expressiva na semana passada, que esteve bastante relacionada com questões internas. E hoje não teve nenhum indicador relevante", afirma a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli.

Para a economista, o mercado pode se tornar mais arisco nos próximos dias, à medida que absorve uma agenda pesada de indicadores aqui e no exterior. Na terça, 25, sai a ata do Copom. Na quarta-feira, 26, é a vez do IPCA-15 de junho. Nos EUA, há a divulgação da leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre na quinta, 27, e do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), na sexta, 28.

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"Além disso, esta semana é de fechamento do mês. Devemos ter uma maior volatilidade do mercado de câmbio", afirma Quartaroli.

A perspectiva é que a rolagem de posições futuras ganhe fôlego no meio da semana, com investidores já se preparando para a disputa em torno da formação da última taxa ptax de junho na sexta.

Analistas afirmam que o mercado segue muito sensível ao ruídos políticos, após a nova rodada de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na semana passada. A ata do Copom deve trazer mais detalhes do plano de voo do BC, que no comunicado trouxe um cenário alternativo no qual, com manutenção da taxa Selic em 10,50% no horizonte relevante da política monetária, a inflação em 2025 fica em 3,1%, praticamente na meta.

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Há também expectativa por anúncio de medidas concretas de redução de gastos, uma vez que a agenda do ministério da Fazenda de medidas de ampliação de receita já parece exaurida. À tarde, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, senador Confúcio Moura (MDB-RO), deu total apoio ao governo na perseguição da meta primária de déficit zero ano que vem. O parlamentar se reuniu nesta segunda-feira com Padilha e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

"O mercado já cansou de falatório e quer algo concreto na área fiscal. Não vejo espaço para uma queda abrupta do dólar a não ser se Brasília trouxer algo muito bom", afirma o diretor de câmbio da corretora Ourominas, Elson Gusmão "Hoje, a gente acompanhou a queda no exterior, com desmonte de posição de alguns investidores e alta do petróleo."

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