O mercado de câmbio segue oscilando entre margens estreitas e sem direção única frente o real, apesar da valorização externa do dólar predominante frente moedas principais e várias emergentes ligadas a commodities na esteira do avanço das taxas longas dos Treasuries. Às 9h44 desta quarta-feira, 25, o dólar à vista ganhava 0,16%, a R$ 5,0016. Na mínima, caiu a R$ 4,9876 (-0,12%), ante máxima a R$ 5,0056 (+0,24%), após a abertura. Operadores afirmam que podem ter novos ingressos de fluxo comercial ajudando a aliviar as cotações em dia de alta de mais de 3% do minério de ferro, após novos estímulos governamentais na China na terça-feira, 24, e pelo governo de Hong Kong, hoje, para apoiar as economias regionais. Os investidores ajustam posições em meio a uma agenda fraca, leitura de balanços corporativos nas Bolsas e um compasso de espera pelo anúncio da decisão de juros do Banco Central Europeu, nesta quinta-feira, além dos dados de PIB dos EUA e de PCE do terceiro trimestre. Os dirigentes dos bancos centrais europeu (BCE), Christine Lagarde, e americano (Federal Reserve) , Jerome Powell, falam mais tarde, mas não devem trazer novidades sobre política monetária e perspectiva econômica à medida que estão no período de silencio que antecede as decisões de juros, respectivamente, na quinta e na próxima semana. Mais cedo, o euro ganhou leve força pontual após surpresa positiva do índice alemão Ifo, que ajuda a limitar perda ante a moeda americana. Hong Kong anunciou nesta quarta-feira cortes de impostos para alguns compradores de imóveis e negócios com ações. Impostos extras cobrados de não residentes e proprietários de imóveis que planejam comprar mais moradias serão reduzidos pela metade, na primeira iniciativa de flexibilização na última década desde que foram adotadas medidas de resfriamento do mercado imobiliário. No mercado local, o foco fica no Congresso Nacional. O Senado pautou nesta quarta-feira a votação do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Também o relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga, concederá coletiva para apresentar o seu parecer final (11h). Já a Câmara pode votar o projeto de lei (PL) dos fundos de alta renda (exclusivos e offshore). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que a proposta de reforma tributária deve ser votada tanto na CCJ quanto no plenário em novembro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou na terça-feira que, com o novo valor do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) acordado com sua pasta, acredita que o relatório da reforma tributária virá com a "robustez necessária" para ser aprovado daqui a 15 dias pelo Senado. O FDR a ser criado pela proposta de reforma tributária deverá ter um aporte adicional de R$ 20 bilhões de forma gradual ao longo de dez anos, chegando em 2043 ao valor de R$ 60 bilhões por ano, segundo fontes disseram ao
Estadão/Broadcast.