O dólar adota viés de alta na manhã desta sexta-feira, 15, com a subida dos juros dos Treasuries de dois e dez anos e uma piora dos mercados futuros em Nova York após o índice norte-americano de atividade industrial Empire State cair bem mais que o esperado, a -20,9 em março.
Antes desse dado, a moeda chegou a cair nos primeiros negócios, reagindo ao avanço acima do esperado do volume de serviços prestados no País em janeiro. Porém, a queda inicial do dólar já era limitada diante do novo recuo, de mais de 3%, do minério de ferro na China e diante de perdas leves no petróleo.
O volume de serviços prestados subiu 0,70% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado superou o teto das estimativas do mercado apuradas pelo Projeções Broadcast.
Além disso, houve revisão do volume de serviços prestados em dezembro de 2023 ante novembro, de uma alta de 0,3% para um aumento de 0,7%, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços. A taxa de novembro ante outubro passou de +0,9% para +0,5%, e a de outubro ante setembro saiu de -0,5% para -0,2%.
Na comparação com janeiro de 2023, houve avanço de 4,50% nos serviços em janeiro, já descontado o efeito da inflação. No acumulado em 12 meses, houve alta de 2,40%.
Esses números aumentam a expectativa sobre possíveis mudanças nas sinalizações do Copom sobre o plano de voo, diante das surpresas recentes também com a inflação de serviços e os dados fortes do varejo no País em janeiro. Segundo o Projeções Broadcast apurou, o cenário base no mercado é de ao menos três novos cortes de 0,50 ponto porcentual da Selic.
Às 9h51, o dólar à vista tinha alta de 0,11%, a R$ 4,9927. Na mínima, mais cedo, caiu a R$ 4,9827 e, na máxima, subiu a R$ 4,9937 há pouco. O dólar futuro para abril cedia 0,07%, a R$ 4,9965, com ajuste ao fechamento anterior a R$ 5,00.