O integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, afirmou nesta sexta-feira, 7, que a autoridade tomou uma decisão essencial sobre o primeiro corte das taxas neste ciclo. Em comunicado sobre a decisão de ontem, o dirigente disse que a medida demonstra confiança no "pouso suave" em curso, para além dos altos e baixos mensais da inflação entre agora e o final de 2024, em grande parte devido aos efeitos de base sobre a energia.
Segundo Villeroy, que também presidente do Banco da França, há um aumento sustentado e contínuo dos salários per capita na zona do euro, mas, no geral, uma desaceleração contínua dos custos salariais unitários e uma diminuição das margens.
"Salvo um choque externo, a inflação regressará efetivamente a cerca de 2% no próximo ano", afirmou o dirigente. "O objetivo de 2% está, portanto, à vista, a nossa mobilização tem sido eficaz, mas não desistimos dos nossos esforços: a confiança não surge sem vigilância. Adaptaremos o ritmo preciso dos próximos cortes nas taxas, sem pressa ou procrastinação, à medida que as perspectivas futuras de desinflação se confirmarem", disse. "E a política monetária, se for menos restritiva desde ontem, continuará reduzindo a inflação com taxas ainda significativamente superiores à taxa neutra. É lutando resolutamente contra o aumento dos preços e, portanto, contra o poder de compra, que a política monetária contribui melhor para apoiar o crescimento", concluiu.