O Brasil segue importando mais produtos químicos do que exportando. Em 2023, até novembro, o déficit na balança comercial desses produtos foi de US$ 43,3 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). No período, as importações somaram US$ 56,7 bilhões, enquanto as vendas ao exterior ficaram em US$ 13,4 bilhões. Entre os produtos químicos, alguns tiveram crescimento expressivo nas importações. Entre eles, a Abiquim destaca os plastificantes, com alta de 63,1%; resinas termoplásticas (14,1%) e seus intermediários (14,4%); produtos petroquímicos básicos (12,7%); intermediários químicos para detergentes (4,7%). A Abiquim alerta no comunicado que as importações de determinados produtos são "realizadas a preços predatórios", em média 24,4% inferiores àqueles do mesmo período do ano passado, e que "estão desequilibrando o mercado interno e ameaçando" a indústria química nacional. Já as exportações brasileiras de produtos químicos tiveram queda de 9,8% em quantidades físicas este ano até novembro. A Abiquim explica que a retração é explicada pelas dificuldades econômicas de alguns dos principais parceiros comerciais brasileiros, em especial da Argentina. Outro fator é a "competitividade artificialmente sustentada" em insumos (gás natural e energia) e matérias-primas russas adquiridos por países asiáticos com preços favorecidos em razão da guerra com a Ucrânia.
NovembroEm termos mensais, o Brasil importou em novembro, US$ 4,7 bilhões em produtos químicos, queda de 10,3% em relação a outubro, e de 18,1% na comparação com novembro de 2022. O recuo é explicado pela redução dos preços desses itens, de 37% na média. Já as exportações, que somaram US$ 1,3 bilhão, em novembro, tiveram recuo de 1,5% na comparação com outubro e queda de 6,9% em relação ao mesmo mês de 2022.