O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que a montadora chinesa BYD anunciará, na terça-feira, 4, a instalação da fábrica de veículos em Camaçari. De acordo com o chefe do Executivo estadual, foram demandados ao governo federal, por parte da presidente da BYD para as Américas, Stella Li, incentivos tanto na produção quanto no consumo dos automóveis.
O anúncio, que ocorrerá em Salvador na próxima semana, incluirá detalhes da fábrica e o cronograma de produção. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará da cerimônia, mas marcará presença quando a fábrica já estiver funcionando.
A declaração do governador ocorreu após reunião, nesta quarta-feira, 28, com Lula e Li. De acordo com ele, a BYD apresentou condições na Bahia que estão sendo atendidas, como o investimento na infraestrutura do porto de Candeias.
"Nós já reunimos com ministro dos Portos e Aeroportos (Márcio França) e já dialogamos a possibilidade de a BYD ser o gestor ou apresentar empresa parceira para que o porto não fique apenas com automóveis mas outros produtos, inclusive equipamentos para indústria eólica, investimentos de estrada, o Estado fará investimento de infraestrutura", declarou o petista.
Já sobre as demandas ao governo federal, a BYD solicitou a Lula a necessidade de rever condições de produção, a exemplo de PIS, Cofins e IPI. "Foi demandada uma política de incentivos tanto à produção quanto ao consumo", disse. "Em relação à demanda da BYD ao governo federal, o presidente Lula acolheu e vai tratar com Ministério da Fazenda e da Indústria e Comércio."
Além disso, o governador disse que o chefe do Executivo federal se colocou à disposição de estimular a compra de automóveis, como a renovação de frota de ônibus, viaturas e ambulâncias. "A ideia é que os incentivos feitos já fazem parte de um incentivo para o consumo, mas mesmo assim, possivelmente, o presidente se colocou à disposição de estudar a possibilidade de estudar financiamento via BNDES ou alguma linha factível para que o governo possa estimular tanto a produção quanto o consumo", disse.
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