O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 22, que a grande dúvida para o Brasil e os mercados emergentes é qual será o ritmo de crescimento estrutural da China no médio e longo prazo, e não no curto. Ele lembrou que há desafios ao modelo de exportação de itens ligados à eletrificação que o gigante asiático tenta emplacar.
"Isso está criando muita resistência de alguns outros países, e estamos vendo muitos países criando tarifas e colocando medidas contra a China", disse Campos Neto, em uma entrevista à CNBC. "A questão é: se esse é o caso, o que vai acontecer com o crescimento da China no médio prazo? É com isso que estamos mais preocupados."
Na avaliação dele, os pacotes de estímulos discutidos são bons para endereçar os problemas de curto prazo, mas o crescimento estrutural da China é mais importante para países emergentes, como o Brasil.