Bolsas de NY têm rali; Dow Jones bate 40 mil pontos e renova recorde intraday

Autor: Patricia Lara, especial para o Broadcast* (via Agência Estado),
sexta-feira, 12/07/2024

Os três principais índices de Nova York fecharam em sintonia hoje, com altas acima de 1%. O Dow Jones marcou novo recorde intradiário, superando o nível de 40 mil pontos pela primeira vez desde maio. O movimento repercute a crescente expectativa de queda da taxa de juros nos Estados Unidos em setembro. A recuperação das ações do setor de tecnologia, após a liquidação da véspera, deu suporte ao Nasdaq. Os bancos foram pressionados em reação a balanços com o Wells Fargo registrando perda expressiva após lucro líquido abaixo do esperado.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,62%, aos 40.000,90 pontos. No intradiário, o índice renovou recorde aos 40.257,24 pontos. O Nasdaq subiu 0,63%, aos 18.398,45 pontos e o S&P 500 subiu 0,55%, aos 5.615,35 pontos.

Várias ações dos bancos ficaram à margem do movimento de alta. O Wells Fargo caiu 6%, após a instituição bancária reduzir sua projeção de resultado anual, mas anunciar lucro líquido de US$ 4,910 bilhões no segundo trimestre de 2024, queda de 1% em relação a igual período do ano passado.

A ação do JPMorgan Chase recuou 1,21% após o maior banco dos EUA relatar uma queda no lucro, excluindo um ganho não recorrente. O lucro do banco no segundo trimestre caiu 9% ano a ano, para US$ 13,1 bilhões. Esse número exclui um ganho de US$ 8 bilhões que o banco recebeu numa troca das suas ações da Visa e com outros fatores extraordinários.

O Citigroup cedeu 1,81%, mesmo após lucro líquido de US$ 3,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, 10% maior do que o ganho de US$ 2,9 bilhões apurado em igual período do ano passado.

Enquanto os mercados acionários tiveram dificuldade para se beneficiar do alívio nos juros dos Treasuries ontem com o CPI, que teve inesperada queda no comparativo mensal, os investidores mostraram sangue-frio com os dados do PPI acima do esperado divulgados hoje. Já o levantamento da Universidade de Michigan mostrou melhora das perspectivas de inflação.