As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 26, à medida que o impacto das novas ameaças tarifárias do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ficou circunscrito a setores específicos como o automotivo.
O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,28%, a 44.860,31 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,57%, a 6.021,63 pontos - ambos em recorde histórico. O Nasdaq avançou 0,63%, a 19.174,30 pontos.
Ontem à noite, Trump sinalizou intenção de impor tarifas de 25% contra produtos de México e Canadá, além de 10% aos da China. Em resposta, as ações de Ford e General Motors caíram 2,63% e 8,99%, respectivamente, uma vez que as montadoras dependem de uma cadeia produtiva concentrada na América do Norte.
A reação em Wall Street, no entanto, ficou limitada em um pregão de noticiário corporativo movimentado. Eli Lilly saltou 4,54%, após o governo americano propor a expansão de um programa médico para cobrir medicamentos de perdas de peso, o que reduziria o preço dos remédios.
Na ponta oposta, Amgen despencou 4,76%, depois que testes experimentais de um medicamento de perda de peso não conseguiu superar rivais. Best Buy cedeu 4,87%, na esteira de queda nas vendas e projeções financeiras mais pessimistas. Super Micro Computer perdia 10,40% e mantinha a intensa volatilidade registrada desde que submeteu um plano para seguir listada na Nasdaq.
O Julius Baer elevou a recomendação de ações cíclicas de consumo para neutra, em um cenário de maior confiança do consumidor e renda disponível mais alta. "Por outro lado, rebaixamos a classificação dos papéis serviços públicos para underweight, uma vez que o aumento dos juros dos Treasuries e a aceleração da atividade econômica criam obstáculos para este setor tradicionalmente defensivo", pondera.