Bolsas da Europa operam em baixa após Rússia disparar poderoso míssil contra Ucrânia

Autor: (via Agência Estado),
quinta-feira, 21/11/2024

Por André Marinho

São Paulo, 21/11/2024 - As bolsas da Europa apresentaram instabilidade na primeira etapa do pregão desta quinta-feira, mas se firmaram em baixa nos últimos minutos, após a Ucrânia afirmar ter sido alvo de míssil balístico intercontinental disparado pela Rússia. O noticiário geopolítico amplifica a pressão causada pela reação negativa ao balanço da Nvidia.

Por volta das 06h45 (de Brasília), o índice Stoxx 600 cedia 0,62%.

Imediatamente na abertura, os negócios europeus chegaram a testar recuperação, após duas sessões consecutivas de perdas. No entanto, o ímpeto se reverteu logo em seguida, depois que a Força Aérea ucraniana acusou os russos de lançarem um míssil balístico intercontinental contra a cidade de Dnipro. Essa é a primeira vez que o Kremlin emprega um armamento tão poderoso desde o começo do conflito atual, há quase três anos.

A ofensiva acontece em um momento de escalada nas hostilidades, depois que os Estados Unidos deram aval para que Kiev use armas de longa alcance contra os russos. Ontem, a Ucrânia utilizou mísseis de cruzeiros britânicos contra alvos militares dentro da Rússia também pela primeira vez.

Entre ações individuais, ASML recuava 1,49% em Amsterdã no horário citado acima, no dia seguinte à divulgação do balanço da Nvidia. A fabricante de chips americana superou as estimativas com lucro e receita, mas registrou uma desaceleração das vendas e uma ligeira compressão na margem de ganhos.

Nas próximas horas, os mercados devem monitorar dado de confiança do consumidor da zona do euro às 12h, além de discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), entre eles o economista-chefe Philip Lane.

Há pouco, a Bolsa de Londres caía 0,10%, Frankfurt cedia 0,33% e Paris baixava 0,66%. Milão recuava 0,91% e Lisboa tinha desvalorização de 0,53%. No câmbio, o euro caía a US$ 1,0515 e a libra, a US$ 1,2628. O retorno do Bund de Alemão de 10 anos cedia a 2,326%, em meio à cautela global.

Contato: andre.marinho@estadao.com