Os mercados acionários da Europa fecharam a quarta-feira, 16, sem direção única, após temores de um posicionamento mais rígido do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) nas decisões monetárias após dado de inflação mais forte que o esperado do Reino Unido em julho.
Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,44% a 7.356,88 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta de 0,14%, a 15.789,45 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,10%, a 7.260,25 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 0,93%, a 28.169,96 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,06%, a 9.353 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,21%, a 6.011,40 pontos. As cotações são preliminares.
A força do CPI na comparação anual de julho do Reino Unido pressionou principalmente Londres, que já tinha tido um pregão fraco na terça-feira após dados de emprego apontarem para a força dos salários da região. O dado, segundo a Capital Economics, apoiaria mais uma alta de 25 pontos-base (pb) nos juros do Reino Unido, perspectiva que costuma pressionar as bolsas.
A AJ Bell, entretanto, destaca que ainda há um tempo antes da próxima decisão do BoE. "Isso permitirá que ele analise mais alguns pontos de dados antes de decidir seu próximo movimento nas taxas de juros. Uma coisa é certa - a batalha contra a inflação está longe de terminar."
A CMC Markets também destaca a perda do setor bancário da região, "já que taxas mais altas por mais tempo ameaçam espremer suas margens e aumentar a pressão para pagar mais a quem economia mais". No Reino Unido, o NatWest se destaca entre as quedas, fechando mais baixa de mais de 2,5%. Em Paris, o Crédit Agricole cedeu mais de 0,5%, seguido pelo BNP Paribas, com baixa de mais de 0,2%. Já em Milão, o Unicredit caiu cerca de 1,7%.
Também no radar de indicadores da região, mas sem influenciar significativamente as bolsas, estão o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro do segundo trimestre, em linha com estimativas, e a produção industrial da região em junho, que subiu ante expectativa de queda.