Bolsas da Europa fecham em alta, após PMIs locais fracos elevarem chance de BCs menos rígidos

Autor: Natália Coelho (via Agência Estado),
quarta-feira, 23/08/2023

Os mercados acionários da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 23, após os dados do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) de Alemanha, Reino Unido e zona do euro mostrarem atividade aquém do esperado pelo mercado em agosto, alimentando expectativas de que os bancos centrais europeus sejam menos rígidos em suas políticas monetárias.

Em Londres, o FTSE 100, subiu 0,68% a 7.320,53 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em alta de 0,15%, a 15.728,41 pontos. O CAC 40, em Paris, avançou 0,08%, a 7.246,62 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em alta de 0,24%, a 28.233,80 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,06%, a 9.319,90 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,08% a 6.020,24 pontos. As cotações são preliminares.

Na visão da Capital Economics, os dados apontam para uma contração da economia da zona do euro no terceiro trimestre. A avaliação é compartilhada pela Oxford Economics, que destaca que os PMI aumentaram a probabilidade de queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste trimestre ante o anterior, fazendo com que a consultoria britânica retirasse uma nova alta nos juros dos Banco Central Europeu (BCE) de seu cenário-base.

Já a Oanda avalia que, na perspectiva do Banco de Inglaterra, os dados serão vistos como "encorajadores", "indicando um alívio das pressões inflacionistas, pelo menos em teoria", o que deve também aumentar as chances de que o BC seja menos rígido em suas decisões monetárias.

Como consequência, os mercados acionários foram beneficiados, com destaque para o FTSE 100, que superou seus pares europeus, com a CMC Markets mencionando o desempenho de empresas de serviços públicos após o banco RBC informar que a National Grid (alta de mais de 1,5%) e a SSE (avanço de mais de 1%) são suas escolhas preferidas no setor.

Também reagindo ao noticiário corporativo, as ações do banco UBS teve alta de mais de 1% na Bolsa da Suíça, à medida que há uma melhora no sentimento sobre a do banco Credit Suisse pela instituição.