O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmou nesta quarta-feira, 6, que a instituição está "bem mais perto" do fim de seu ciclo de aperto, "mas não necessariamente lá". Durante audiência em comitê do Parlamento britânico, a autoridade ressaltou que não estava adiantando qual deve ser a decisão de política monetária do BOE neste mês, que ainda dependerá dos dados das próximas semanas e das discussões na própria reunião entre os dirigentes. Bailey afirmou que, na opinião dele, a política monetária britânica já está em território "restritivo". Para o dirigente, já passou a fase em que a política precisava necessariamente ser mais apertada, e agora a avaliação sobre cada passo dependerá dos indicadores a cada reunião. Também presente, Jon Cunliffe, vice do BoE, considerou que há "sinais mistos" neste momento, da inflação e também da economia em geral. Na opinião dele, está em andamento uma "lenta desaceleração" no mercado de trabalho britânico, no quadro atual.
Perda de fôlego da inflaçãoO presidente do Banco da Inglaterra afirmou também que "muitos" indicadores apontam para uma perda de fôlego "acentuada" na inflação no Reino Unido. Segundo ele, uma questão importante agora é se as expectativas de inflação acompanharão o movimento. O dirigente previu que a queda na inflação deve continuar, mas não se comprometeu sobre a próxima decisão de política monetária. Neste momento, os dirigentes ainda não sabem qual será a decisão tomada em duas semanas, resumiu. Ao mesmo tempo, ressaltou o compromisso em fazer com que a inflação retorne à meta de 2%. O presidente do BC britânico também disse que a maioria dos indicadores está vindo conforme a expectativa do BoE. E comentou que a instituição continua com seus planos de reduzir o balanço com o tempo, acrescentando que isso não provoca distúrbios nos mercados.