No que tange ao comércio e aos investimentos entre o Brasil e os Estados Unidos em 2025, as expectativas empresariais se mostram moderadamente otimistas. Na sua escala de 1 a 100 pontos, o Termômetro de Negócios BR-EUA - indicador feito em parceria com a Tendências Consultoria e que a Amcham Brasil lança hoje - a perspectiva positiva atingiu 58,2 pontos. Na escala deste novo termômetro, valores acima de 50 pontos sinalizam mais otimismo, enquanto abaixo disso refletem menos otimismo.
"Com o lançamento do Termômetro de Negócios BR-EUA, a Amcham oferece uma ferramenta periódica para monitorar o pulso do comércio e dos investimentos entre as duas maiores economias das Américas", avalia Abraão Neto, CEO da Amcham Brasil, para quem a moderação na expectativa dos empresários recai especialmente no eixo dos investimentos.
O indicador, de acordo com a Câmara, é baseado em levantamentos com empresas que participam ativamente do comércio ou realizam investimentos entre os dois países. Ele mensura expectativas para o aumento de trocas de bens e serviços e para os fluxos de investimento ao longo dos próximos 12 meses, além de capturar prioridades e desafios que moldam as decisões empresariais.
Ainda de acordo com a Amcham, o Termômetro de Negócios é calculado a partir da média ponderada de respostas a perguntas sobre investimentos e sobre comércio. Com um resultado parcial de 71,3 pontos, o eixo de investimentos foi o maior destaque.
Outro destaque do termômetro são os 52,9% das empresas americanas que indicaram intenção de iniciar investimentos no Brasil. Entre os fatores essenciais para que americanos invistam no Brasil estão a estabilidade macroeconômica, o sistema tributário e a clareza regulatória, apontados como decisivos.
Do lado de cá, 50% das empresas brasileiras pretendem expandir suas operações nos EUA, destacando como prioridades da relação a redução de barreiras comerciais, incentivos fiscais e financiamento competitivo.
No eixo do comércio, o Termômetro registrou 53,9 pontos, indicando uma expectativa de expansão mais contida para exportações e 34,3% das empresas planejam aumentar as vendas de bens e serviços aos EUA nos próximos 12 meses. No que diz respeito às importações, 27,1% indicaram intenção de ampliar aquisições de produtos americanos nesse período.
Os fatores prioritários destacados incluem redução de custos tributários, estímulo ao comércio bilateral e manutenção de uma taxa de câmbio competitiva. O levantamento contou com 95 respostas válidas, sendo 91% de grandes empresas. Destas, 53,7% são do ramo industrial, 34,7% dos serviços e 7,4% do agro.