O Agibank, banco focado em linhas como crédito consignado, recebeu um aporte de R$ 400 milhões de um fundo de private equity (que compra participações em empresas de capital fechado) de Daniel Goldberg, da Lumina Capital. Com o aporte, a instituição foi avaliada em R$ 9,3 bilhões.
Com o aporte, Goldberg deixará o conselho de administração do Nubank, do qual fazia parte desde a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da fintech. Ele ocupará um posto no conselho do Agibank.
Com investidores como a Vinci Compass, o Agibank fez recentemente um processo de colocação privada para buscar novos investidores estratégicos. De acordo com a empresa, a demanda superou R$ 1,6 bilhão, vinda de fundos de investimento estrangeiros e locais, fundos soberanos e fundos de pensão.
Goldberg terá papel de acionista estratégico, ou seja, que participa da gestão da empresa. "Escolhemos o Daniel Goldberg como sócio pela alta qualidade e conexão estratégica, bem como pelo profundo conhecimento de empresas de alto crescimento que fazem uso intensivo de tecnologia, como a nossa", diz o fundador e presidente do conselho da instituição, Marciano Testa.
De acordo com ele, o capital deve ser aplicado em oportunidades de consolidação, e no avanço do modelo de negócios híbrido. Com plataforma digital, o Agibank tem investido na criação de lojas físicas espalhadas pelo País. Até aqui, mais de 1.000 destes endereços estão em funcionamento.
O Agibank teve lucro líquido de R$ 646,4 milhões nos nove primeiros meses deste ano, crescimento de 127% em um ano. O volume de ativos teve alta de 49,7%, para R$ 25,493 bilhões, e a carteira de crédito chegou a R$ 21,876 bilhões, crescimento de 55,2% em um ano. A maior parte das operações é de crédito consignado. O foco é no público de baixa renda.
Ao longo deste ano, o Agibank fechou algumas captações de mercado para financiar o crescimento da carteira de crédito. Em julho, recebeu do Citi uma carta de intenções para aportes de até US$ 7,4 bilhões através de instrumentos de dívida. Em novembro, começou a preparar terreno para emissões de dívida internacionais.