O presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, vice-presidente Geraldo Alckmin, destacou nesta sexta-feira, 6, os impactos econômicos que serão gerados para o Brasil a partir do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia - que ainda depende da conclusão de uma série de etapas para entrar em vigor. Alckmin citou o potencial de o tratado ajudar a reduzir a inflação e aumentar o crescimento do PIB brasileiro.
Segundo o ministro, as negociações tiveram o apoio das associações representativas da Indústria (CNI), do Comércio (CNC) e da Agricultura (CNA).
"Pode ajudar a fazer o PIB do Brasil crescer mais, as exportações brasileiras crescerem mais, a renda e o emprego crescer mais e derrubar a inflação. Então é uma agenda extremamente positiva, e depois de anos e anos de negociação, finalmente se celebra o anúncio deste acordo", disse Alckmin a jornalistas.
Segundo estudo divulgado pelo governo, o acordo vai gerar para o Brasil um efeito positivo de 0,34% sobre o PIB (R$ 37 bilhões), com aumento de 0,76% nos investimentos (R$ 13,6 bilhões), uma redução de 0,56% no nível de preços ao consumidor e aumento de 0,42% nos salários reais. Os desvios porcentuais foram estimados para o ano de 2044, e os valores em reais consideram o ano base de 2023.
A referência a 2044 é feita porque, em modelos de equilíbrio geral, os impactos nas variáveis macroeconômicas são normalmente feitos para 20 anos, tempo suficiente para considerar que a economia estaria totalmente ajustada às novas circunstâncias, explicou uma fonte à reportagem.
Segundo Alckmin, estudos também mostraram que as exportações para a União Europeia poderão crescer na agricultura 6,7%, 14,8% nos serviços e 26,6% na indústria de transformação.