Oito bancos europeus são reprovados em 'teste de resistência' financeira

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 21/07/2011
Performance ruim dos bancos é anunciada em meio a crise da dívida que ameaça a estabilidade do euro

Oito bancos europeus, sendo cinco da Espanha, dois da Grécia e um da Áustria, não passaram no que foi denominado "teste de resistência", uma avaliação da saúde financeira das instituições feita pela Autoridade Bancária Europeia.

O teste da agência ligada à União Europeia foi imposto a 90 instituições financeiras do continente. Segundo anuncio feito nesta sexta-feira, além dos oito reprovados, outros 16 bancos estão em "zona de perigo".

A Autoridade Bancária Europeia pediu aos países que estejam em alerta para controlar com rapidez a eventual escassez de divisas das instituições.

Os bancos que falharam no teste são o austríaco Oestereichische Volksbank, os gregos ATEbank e EFG Eurobank e os espanhóis Spain, Catalunya Caixa, Pastor, Unnim, Caja3 e CAM.

A instituição também pediu aos dois maiores bancos de Portugal, o Banco Comercial Português e o Espírito Santo, que reforcem seus fluxos de caixa nos próximos três meses.

Um dos critérios usados pela agência para avaliar a saúde dos bancos é a manutenção de pelo menos 5% de capital “sólido” pelas instituições (ou capital "core tier one"), que poderia servir como garantia em caso de uma eventual crise de insolvência.

Crise da dívida

A notícia vem em meio à maior crise já enfrentada pela zona do euro, abalada pela possibilidade de calote da Grécia, cuja dívida pública já atinge 150% do seu Produto Interno Bruto (PIB).

Além dos gregos, Portugal e Irlanda também tiveram seus títulos rebaixados ao nível de grau especulativo (também chamado de junk, ou lixo, em tradução literal), devido ao perigo de insolvência.

A este grupo se juntou, nesta semana, a Itália, que teve de aprovar um plano de austeridade de 70 bilhões de euros a fim de acalmar os mercados e manter sua saúde financeira. A dívida pública italiana atinge 120% da riqueza produzida pelo país.

O temor de calote e contágio generalizado é visto como uma grande ameaça ao euro, a moeda comum europeia.