Apesar de liberação de empréstimo, Rio vai empurrar salários para 2018

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 15/12/2017

NICOLA PAMPLONA

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Pelo segundo ano consecutivo, servidores e aposentados do Rio passarão as festas de fim de ano sem o 13º salário. Alguns deles, nem com o pagamento integral dos vencimentos de novembro, admitiu nesta sexta (15) o governador Luiz Fernando Pezão.

O governo do Estado concluiu a assinatura de empréstimo de R$ 2,9 bilhões com o banco francês BNP Paribas, que dependia de aval do Ministério da Fazenda, concedido nesta sexta (15). Mesmo assim, não conseguirá cumprir a promessa de quitar a folha de pagamento atrasada.

Num primeiro momento, com a liberação de R$ 2 bilhões, serão pagos o 13º salário de 2016 e os salários de outubro aos servidores e aposentados e pensionistas que ainda não receberam. A expectativa é que o dinheiro saia na quarta (20).

Os outros R$ 900 milhões só serão liberados em janeiro, quando o governo pretende quitar a folha de novembro e o 13º salário de 2017.

"Nosso esforço era para resolver as pendências este ano, mas recebemos menos do que estava previsto", disse Pezão, em nota divulgada pelo governo estadual, na qual admite que a assinatura do empréstimo não "é um momento de euforia".

O Rio pediu autorização para tomar R$ 3,5 bilhões, dando como contragarantia 50% das ações da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto), mas o Ministério da Fazenda autorizou apenas R$ 2,9 bilhões.

Na quinta (14), os salários de novembro foram pagos apenas a servidores da Educação e Segurança, além de inativos desta última, em um total de R$ 922 milhões. Essas áreas têm sido priorizadas no cronograma de pagamentos do Estado.

O Estado depositou ainda R$ 103,6 milhões referentes a parcelas do pagamento de setembro para 25.287 servidores que ainda não haviam recebido os valores integrais do salário de setembro.

Pezão disse que, além do empréstimo, espera o resultado de outras medidas do Regime de Recuperação Fiscal e do crescimento da economia fluminense para garantir a previsibilidade do pagamento em 2018.

"A arrecadação está crescendo e esperamos que ela cresça ainda mais", afirmou o governador.