Aumento de roubos de carros faz preço do seguro subir 20%

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 04/08/2017
Com seguro mais caro, clientes estão optando por coberturas menores para adequar as parcelas ao orçamento | Foto: Delair Garcia/TN

Casos de roubos e furtos de veículos dispararam nos municípios do Vale do Ivaí (região norte do Paraná) no último ano. Segundo relatório da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), em 2016, quatro veículos foram roubados em média por semana na região, o que representa um aumento de 100% quando comparado com o ano anterior. Foram 198 veículos roubados no ano passado. Já os furtos tiveram um aumento de 8,95% de 2015 para 2016. O relatório deste ano da Sesp ainda não foi atualizado.

O corretor Juliano Silva, de Apucarana, afirma que, além dos veículos populares, as picapes e os utilitários também tiveram reajuste nos preços. “Além de serem mais visados por bandidos, existe também o problema das peças, que aumentaram muito de preço. Por conta disso, o número de carros com perda total também cresceu”, conta.

Se o conserto após uma colisão ultrapassa 70% do valor total do veículo, as seguradoras consideram como perda total. Com peças e mão-de-obra mais caras, os valores ultrapassam o índice de 70% com mais facilidade, elevando os custos das seguradoras. Esses custos acabam sendo repassados para as apólices, inflacionando os seguros.

“Com mais carros nas ruas, o número de colisões aumentou bastante. Outro ponto que influencia o valor mais alto dos seguros, além da criminalidade e dos acidentes, é a inflação. Mas é importante destacar que os preços podem variar bastante entre companhias de seguros”, aponta Marcos Perez, proprietário de uma corretora de seguros de Apucarana.

Marcos dá dicas para que as pessoas possam reduzir os valores dos seguros. “A primeira é procurar uma boa corretora, que trabalhe com várias companhias. Ela fará uma cotação em todas as companhias e oferecerá a melhor opção para o cliente. Outra possibilidade é investir em dispositivos de segurança no veículo. Por fim, cuidado e prudência no trânsito também podem ajudar”, destaca.

Renovações foram reduzidas
Erivelto Scolari de Assis, proprietário de uma corretora de seguros em Arapongas, afirma que a alta modificou o perfil dos clientes. “Por causa da crise no país e o aumento no desemprego, aproximadamente 5% dos clientes optam por não renovar o seguro. O restante tem buscado reduzir a cobertura do seguro para que o valor diminua. As pessoas têm cortado de tudo para adequar as parcelas do seguro aos seus orçamentos”, ressalta.