Em 5 anos, só 3 em 10 fundos de ações superaram indicador de referência

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 04/05/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em cinco anos, só 27,7% dos gestores de fundos de ações conseguiram bater o indicador usado como referência no mercado financeiro, mostra estudo da S&P Dow Jones Indices, divisão da S&P Global.

O levantamento comparou o desempenho dos fundos que têm gestão ativa com indicadores elaborados pela própria S&P Dow Jones, que procuram representar os mercados acionários no Brasil, no Chile e no México.

No caso do Brasil, a referência considerada é o índice S&P Brazil BMI, cuja carteira tem ações de empresas como Petrobras, Itaú Unibanco e Ambev.

Segundo os dados, o percentual de gestores de fundos de ações do Brasil que superaram sua referência é inferior ao do México (30,2%), mas consegue ser melhor que o do Chile (11,1%).

Em um horizonte de tempo menor, os gestores de fundos de ações do Brasil tiveram desempenho pior: só 18,05% bateram o índice em 2016. No Chile, o percentual é de 14,3%, e no México, de 24,5%.

No ano passado, a Bolsa brasileira teve alta de 38,9%, enquanto o principal indicador chileno avançou 12,8% e o mexicano, 6,1%.

Phillip Brzenk, diretor global de pesquisa e design da S&P Dow Jones Indices, aponta que os gestores de fundos que têm ações de empresas menores tiveram melhor desempenho do que os com papéis de companhias mais capitalizadas.

"Possivelmente é uma combinação de fatores como ações de empresas grandes com performance bem melhor do que as ações de pequenas empresas, tornando mais difícil para o gestor superar, e gestores tirando vantagem do fato de haver menos informação (análises e relatórios) sobre pequenas empresas do que sobre as grandes", afirma.

Para o primeiro semestre de 2017, os três mercados latino-americanos devem ter crescimento forte, segundo Brzenk. "Enquanto os três mercados têm suas próprias considerações para performance futura, o desempenho do México particularmente vai depender de restrições comerciais futuras que pode haver com os Estados Unidos.

No Brasil, o levantamento considerou 1.232 fundos no Brasil, 42 no Chile e 49 no México.