Bolsa recua após atingir máxima em quase 6 anos; dólar fecha em queda

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 22/02/2017

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Depois de impulso do exterior, que levou a Bolsa brasileira ao maior patamar desde 2011, o dia foi de realização de lucros para investidores no mercado doméstico, também repetindo o movimento visto nas Bolsas mundiais. O dólar caiu para o patamar de R$ 3,07, após sinalização de que um novo aumento de juros nos Estados Unidos não virá em março.

O Ibovespa recuou 0,67%, para 68.589 pontos. Na terça-feira (21), a Bolsa havia superado os 69 mil pontos, maior nível desde 7 de abril de 2011.

O sinal negativo do dia veio das commodities, que caíram e pressionaram empresas importantes do mercado local, como Petrobras e Vale.

As ações preferenciais da Petrobras perderam 2,42%, para R$ 15,70. Os papéis ordinários cederam 3,26%, a R$ 16,60. O barril do brent caía 1,46%, para US$ 55,83 nesta quarta-feira.

Igualmente o minério recuou no mercado chinês, pressionando a Vale e outras siderúrgicas. Os papéis da companhia perderam mais de 2%, para R$ 33,02 (preferenciais) e R$ 34,69 (ordinários). A Vale teve suas ações impulsionadas na segunda-feira após o anúncio de diluição do do controle da companhia.

As ações de bancos, que também têm peso importante no Ibovespa, terminaram o dia no positivo.

DÓLAR

A moeda norte-americana terminou o dia em queda, acompanhando o movimento visto nos demais emergentes. O Fed (banco central americano) divulgou a ata de sua mais recente reunião, e investidores interpretaram que o ciclo de aumento de juros deve ocorrer em ritmo mais lento.

A cotação à vista recuou 0,35%, para R$ 3,0809. O dólar comercial cedeu 0,67%, para R$ 3,0710.

JUROS

No mercado de juros, os contratos futuros registraram alta durante boa parte do pregão, um sinal de cautela com a decisão sobre a taxa básica de juros local.

No final do dia, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou a Selic de 13% para 12,25% ao ano, como amplamente esperado pelo mercado.

O contrato para janeiro de 2018 recuou de 10,485% para 10,445%. O vencimento janeiro de 2021 caiu de 10,210% para 10,140%.