Montadoras asiáticas apresentam novos sedãs em Detroit

Autor: Da Redação,
terça-feira, 10/01/2017

EDUARDO SODRÉ, ENVIADO ESPECIAL

DETROIT, EUA (FOLHAPRESS) - O sedã Camry, modelo mais vendido da Toyota nos Estados Unidos (foram 389 mil unidades emplacadas em 2016), chega à linha 2018 mais curvilíneo.

Os traços retos da geração anterior foram substituídos por uma curvatura que acompanha todo o teto, deixando o modelo de origem japonesa com aparência de cupê. O estilo é tendência desde o início da década, e é visto em concorrentes como Ford Fusion e Chevrolet Malibu.

O novo Camry ficou maior e mais baixo que antes. Seus 4,86 metros de comprimento acomodam bem quatro adultos altos.

A parte dianteira é próspera em contornos e vincos. Há um certo exagero ali, e é provável que existam diferentes acabamentos para outros mercados.

Quando o carro chegar às lojas americanas -provavelmente no segundo trimestre-, diferentes opções de motor estarão disponíveis . A Toyota destaca em Detroit a versão 2.5 Hybrid, que promete ter um consumo médio de aproximadamente 20 km/l.

O Camry é vendido oficialmente no Brasil desde os anos 1990. O modelo disponível hoje custa R$ 180.370.

GAC

Os carros da chinesa GAC ocupam um espaço modesto em Detroit, mas dessa vez estão dentro do pavilhão principal de exposições. Antes, as marcas daquele país ficavam espalhadas em um corredor sem glamour.

O salão é uma boa vitrine para a empresa, mas não há muitas expectativas de venda nos EUA. Os executivos não dão data nem detalham possíveis negociações de exportação.

Com a chegada de Donald Trump à presidência, é provável que o plano de ser a primeira chinesa a vender carros de passeio nos Estados Unidos seja abortado. Vendo os automóveis de perto, fica difícil acreditar que teriam chances de sucesso.

O sedã grande que carrega o nome da divisão de luxo da GAC, Trumpchi, tem comandos individuais de som e refrigeração no banco traseiro, ao estilo de modelos de alto luxo da Audi, da Mercedes e da BMW.

Os detalhes de acabamento, porém, misturam couro claro e partes que imitam madeira e apresentam problemas como encaixes irregulares e incongruências. O volante parece ter vindo de um carro menor, as rodas, idem.

O utilitário GS7 também é exibido em destaque, mas o carro que desperta mais curiosidade é o elétrico GE3. O modelo lembra o BMW i3, porém parece maior e mais espaçoso. Não foi possível entrar na cabine, que permaneceu trancada.

De acordo com a GAC, a autonomia do modelo é de 190 quilômetros, aproximadamente.