Temer telefona para líderes da base para agradecer aprovação do teto

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 10/10/2016

GUSTAVO URIBE E VALDO CRUZ

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com a confirmação da aprovação em primeiro turno da proposta de teto de gastos, o presidente Michel Temer telefonou para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para agradecer o resultado.

Na conversa, o peemedebista ressaltou o papel da base aliada na votação da iniciativa e ressaltou que ela representa uma vitória não apenas do Poder Executivo, mas também do Poder Legislativo.

O peemedebista também mandou mensagens para líderes da base aliada para agradecer o empenho na votação da proposta

A iniciativa foi aprovada nesta segunda-feira (10) por 366 votos, 58 votos a mais do que o mínimo necessário, que era 308 votos.

"O presidente recebeu com grande satisfação a aprovação em primeiro turno pela maioria expressiva. É um sinal claro do compromisso do Congresso Nacional com o resgate da credibilidade das contas públicas", disse o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola.

Segundo ele, o presidente agradece a cada um dos parlamentares que foram parceiros do que chamou de "vitória maiúscula".

Para garantir a aprovação, o presidente montou uma força-tarefa ministerial, que incluiu a criação de um gabinete inteligência para identificar traições na base aliada e a demissão temporária de auxiliares diretos que detêm mandato de deputado federal.

Com o objetivo de conseguir um placar com folga, que passasse a imagem pública de força política, uma equipe presidencial foi escalada para telefonar para as bancadas federais e foram exonerados os ministros Bruno Araújo (Cidades), Fernando Coelho (Minas e Energia) e Max Beltrão (Turismo), que retornaram para a Câmara dos Deputados.

Em contato com líderes governistas, o peemedebista passou a segunda-feira (10) monitorando as tendências de voto na base aliada e atuou pessoalmente quando informado sobre ameaças de recuos.

Caso houvesse a necessidade uma abordagem mais direta, o presidente deixou a agenda de compromissos livre, assim como os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Governo).

Para evitar o esvaziamento do plenário, o Palácio do Planalto mandou cancelar todas as audiências marcadas com deputados federais em ministérios e estatais, como o Banco do Brasil e a Caixa. Além disso, montou um sistema online com atualizações sobre o número de congressistas que registram presença na sessão parlamentar.

Com a dura ofensiva do Palácio do Planalto, membros da base aliada aproveitaram a oportunidade para negociar a indicação de cargos em empresas estatais.

Segundo um assessor presidencial, ao longo do dia congressistas que já estavam fechados pelo apoio da proposta ameaçaram recuar caso não fossem contemplados