Aumento de cotas a países-membros será discutida em reunião do FMI

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 03/10/2016

MAELI PRADO

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O FMI (Fundo Monetário Internacional) discutirá, na assembleia anual que realiza com o Banco Mundial nesta semana em Washington, um possível aumento dos seus recursos financeiros aos países-membros. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, participarão da reunião.

Segundo informou uma fonte do governo brasileiro nesta segunda-feira (3), a discussão será sobre se os recursos atuais são ou não adequados para fazer frente a eventuais crises da economia mundial. "Pode-se elevar as cotas sem mexer na distribuição. Há uma crescente consciência de que vai ser necessário aportar mais recursos", disse a fonte.

No início do ano, o Brasil passou a ser o décimo maior cotista do FMI, subindo quatro posições no ranking. Para cada país, o fundo atribui uma cota, que varia segundo sua posição na economia mundial. Atualmente, o Brasil possui 2,32% do total das cotas (o percentual anterior era 1,78%). "Além desse aumento, deve haver algum montante adicional de recursos".

Uma das discussões prioritárias na reunião do FMI é o crescimento da desigualdade no mundo, inclusive dentro de países ricos, e entender porque a produtividade da economia mundial não está crescendo, apesar do aumento do progresso tecnológico no mundo.

INVESTIDORES

Meirelles, que embarca nesta terça-feira (3) para Washington, terá reuniões bilaterais com os ministros de economia do Reino Unido, França e Austrália. O ministro ainda se reunirá, na quarta ou na quinta-feira, com representantes dos outros membros dos Brics (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China).

No sábado, o ministro viajará para Nova York, onde se encontrará com investidores internacionais.