Exportação de açúcar cresce 23% em Paranaguá

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 13/08/2010
Acúçar no Porto de Paranaguá

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) facilitou o atendimento de navios que exportam açúcar em função do aumento na demanda registrada nos últimos meses. Na medida do possível, a Appa está atracando mais que um navio de açúcar ensacado. O objetivo é atender a demanda excepcional pelo produto.
 

Nesta quinta-feira, havia três navios atracados para movimentação do produto e outros 29 esperando para atracar. O aumento dos navios em espera foi agravado pelas condições climáticas adversas das últimas semanas. É que, com chuva, os navios de açúcar ensacado e a granel não operam.
 

Até agora, o Porto de Paranaguá movimentou 2,12 milhões de toneladas de açúcar, quantidade 23% superior à movimentada no mesmo período do ano passado. A expectativa das empresas que movimentam o produto por Paranaguá é que, até o fim do ano, sejam exportadas 3,5 milhões de toneladas de açúcar.
 

De acordo com o superintendente dos Portos do Paraná, Mário Lobo Filho, o movimento excepcional do açúcar tem a ver com a quebra da produção indiana, o que fez aumentar a procura pelo açúcar brasileiro. “Hoje a Índia é um dos maiores importadores do açúcar que sai por Paranaguá. Neste ano, 22% das nossas exportações foram para lá e 23% para a Rússia. Nosso porto é bastante flexível e estamos usando mais berços para atender a esta demanda”, disse Lobo Filho.

A facilidade soma-se à atual estrutura disposta pelo Porto de Paranaguá, com dois berços exclusivos e de grande capacidade para embarque de açúcar a granel que, juntos, têm capacidade de embarque de 2.500 toneladas por hora.
 

De acordo com o gerente comercial da Companhia Brasileira de Logística, Helder Sergi Catarino, a alta demanda pelo açúcar brasileiro deve permanecer até dezembro deste ano. “Para 2011, pelo que tudo indica, este crescimento nas exportações deve continuar e aumentar anualmente”, afirma. É que o consumo do açúcar cresceu no mercado internacional. Países como a China, que não importavam o açúcar brasileiro, passaram a ser grandes importadores. “Então, mesmo normalizando a safra indiana, teremos grande demanda”, disse Catarino.
 

“A estrutura operacional que o Porto de Paranaguá dispõe hoje é capaz de atender a um volume de exportação de açúcar de até 4,5 milhões de toneladas. Isso significa que estamos aptos a atender esta atual demanda e temos espaço para crescer ainda mais”, afirma Catarino.