Safra de grãos tem redução de 8,7% na região Norte do Paraná

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 03/08/2016
A produção de grãos no Paraná do ano agrícola 2015/16 caminha para o seu final, com a expectativa de colher um total de 35,9 milhões de toneladas - Foto: Tribuna do Norte

A produção de grãos no Paraná do ano agrícola 2015/16 caminha para o seu final, com a expectativa de colher um total de 35,9 milhões de toneladas entre as três safras plantadas no Estado: de verão, outono/inverno e inverno. Esse volume é 6% menor que a anterior (2014/15), que rendeu 38 milhões de toneladas. Na região de Apucarana (norte do Estado), a expectativa é de fechamento em pouco mais de 4,4 milhões de toneladas, ficando 8,7% abaixo do registrado na safra passada. 

De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a safra foi atingida por vários eventos climáticos negativos desde a primavera do ano passado até o inverno deste ano. Com isso, a produção no Núcleo Regional de Apucarana ficou em 2 milhões de toneladas, volume 6,3% menor do que os 2,2 milhões da safra anterior. O Núcleo Regional de Ivaiporã registrou queda ainda mais acentuada. A safra 2015/16 deve fechar com colheita estimada em 2,3 milhões de toneladas, redução de 10,7% em relação ao período anterior. Na área do núcleo regional, a safra de 2014/15 fechou com 2,6 milhões de toneladas.  

ÚLTIMAS COLHEITAS
No relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado à Seab, relativo ao mês de julho, o destaque é a finalização das lavouras de segunda safra de milho e de trigo, que estão em campo. Segundo o relatório, houve redução na produção de milho, soja e feijão por conta do clima, que influenciou na queda de produção e na qualidade dos grãos. Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, os produtores enfrentaram todas as variações possíveis de clima. 

“Esse período vem desde a primavera de 2015, quando iniciou o plantio da safra 2015-2016, e o inverno que estamos atravessando neste momento, com chuvas no verão, calor e seca entre março/abril/2016. E agora um frio intenso no início do inverno com cerca de seis geadas consecutivas que acabaram prejudicando especialmente a produção de milho segunda safra”, afirmou. 

ELEVAÇÃO DOS PREÇOS
Para o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni, se por um lado as variações constantes do clima contribuíram para reduzir a produtividade e a qualidade dos grãos, por outro, contribuiu para a elevação dos preços dos principais produtos cultivados no Estado. Esse fator não foi bom para os consumidores, mas está dando condições para os produtores se manterem capitalizados de maneira geral, observou Simioni. Para ele, a sustentação dos preços dos grãos está ajudando a manter o produtor na atividade, apesar de alguns problemas localizados de endividamento em algumas explorações.