Bolsas globais sobem com expectativa de que BCs lancem novos estímulos

Autor: Da Redação,
terça-feira, 01/03/2016

EULINA OLIVEIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O otimismo predomina mercados globais, com as expectativas de que novos estímulos econômicos sejam adotados pelos bancos centrais da Ásia e da Europa, após dados fracos de atividade industrial e a medida adotada na véspera pelo BC chinês. O dólar opera com volatilidade, enquanto os juros futuros recuam.
O Ibovespa subia há pouco 1,35%, aos 43.369,54 pontos. As ações da Petrobras, que iniciaram a sessão em alta, passaram a mostrar sinais divergentes, acompanhando a trajetória do petróleo.
Há pouco, Petrobras PN subia 0,19%, a R$ 5,15 e ON operava em queda de 0,95%, R$ 7,98.
Os papéis da Vale subiam 3,62%, a R$ 8,87 (PNA) e 4,40%, a R$ 12,33 (ON).
O petróleo Brent avançava 0,50%, a US$ 36,15; já o WTI perdia 0,36%, a US$ 33,63, com as estimativas de aumento nos estoques norte-americanos de petróleo bruto na leitura semanal.
Em Nova York, os índices abriram em alta: Dow Jones (+0,60), S&P 500 (+0,62%) e Nasdaq (+0,82%).
As Bolsas europeias avançavam: Londres (+0,36%), Paris (+0,38%), Frankfurt (+1,40%), Madri (+0,64%) e Milão (+1,19%).
As ações da London Stock Exchange subiam mais de 8% após a Intercontinental Exchange confirmar uma possível oferta pela operadora britânica. O banco Barclays, entretanto, despencavam mais de 9% após divulgar uma queda de 2% em seu lucro anual antes de impostos.
Chamou a atenção dos investidores a Pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro, que mostrou que a atividade industrial da região em fevereiro cresceu no ritmo mais fraco em um ano.
E, na China, a atividade do setor industrial encolheu mais força do que o esperado em fevereiro. O PMI oficial caiu para 49,0 em fevereiro ante 49,4 em janeiro e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração. Foi a leitura mais baixa desde novembro de 2011.
Analistas apontam que os PMIs mais fracos na Ásia e na zona do euro aumentam as chances de os bancos centrais estenderem seus programas de estímulos econômicos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,85%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,71%.
DÓLAR
No mercado de câmbio, o dólar operava volátil. Há pouco, a moeda americana à vista ganhava 0,59%, a R$ 3,9941, enquanto do dólar comercial operava em baixa de 0,22%, a R$ 3,9940.
Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, após a formação da taxa Ptax na segunda-feira (29), o dólar voltou a sofrer pressão de alta. "A volatilidade se mantém principalmente por conta da crise política e das incertezas em relação à política monetária", afirma.
JUROS
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 opera em baixa, um dia antes da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre o patamar da taxa básica de juros (Selic).
O contrato de DI para janeiro de 2017 passava de 14,180% para 14,105%, o DI para janeiro de 2021 saía de 15,580% para 15,530%.
"Apesar de as apostas serem na manutenção da Selic em 14,25% ao ano, a possibilidade de cortes já vem sendo comentada, principalmente após o relatório Focus ter trazido melhora nas expectativas de inflação deste ano", destaca a equipe de análise da Ativa Investimentos.
Analistas ressaltam ainda que o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) desacelerou a alta a 0,76% em fevereiro, após subir 1,78% em janeiro, principalmente em função da deflação de energia elétrica.