Bolsa acompanha mercados globais e sobe mais de 1%; petróleo mantém alta

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 15/02/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os mercados globais continuam a recuperação iniciada na sexta-feira, após os tombos da semana passada, impulsionados pela alta do petróleo e pela valorização do yuan.
No cenário doméstico, em dia de vencimento de opções sobre ações, o Ibovespa segue o bom humor externo e sobe 1,45%, a 40.386,39 pontos. Quase todos os papéis do índice sobem. As ações da Petrobras avançam 1,57%, a R$ 4,52 (preferenciais) e 2,53%, a R$ 6,57 (ordinárias).
Na Europa, as notícias de que o BCE (Banco Central Europeu) está em negociações para a compra de pacotes de empréstimos inadimplentes de bancos italianos como parte do seu programa de compra de ativos impulsionam as ações do setor financeiro. As Bolsas europeias têm altas superiores a 2%
Os investidores também estarão atentos ao discurso do presidente do BCE, Mario Draghi, às 12h (horário de Brasília), no Comitê do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Nos Estados Unidos, hoje é feriado de Dia do Presidente e não há negociação, o que contribui para a redução de liquidez nos mercados.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou em forte ganho de 7,16%, recuperando, assim, parte das fortes perdas da semana passada. O avanço foi resultado de uma pequena desvalorização do iene frente ao dólar e ocorreu apesar da divulgação de dados revelando uma contração do PIB do Japão.
As Bolsas chinesas fecharam com leve queda, com a confiança impulsionada por uma forte valorização do yuan e pela alta das ações japonesas.
O banco central da China fixou o yuan na cotação mais alta em um mês, em meio aos seus esforços para combater a especulação sobre a desvalorização recente da moeda, apesar de dados mostrando fraqueza no comércio exterior.
Os preços do petróleo continuam a recuperação vista na sexta-feira (12) -o Brent sobe 1,08%, a US$ 33,72 o barril e o WTI, 1,12%, a US$ 29,77 o barril, ainda em função das expectativas de um acordo para reduzir a produção da commodity. O excesso de oferta vem depreciando as cotações do petróleo no último um ano e meio.
DÓLAR E JUROS
O dólar opera em leve queda. A moeda americana à vista recua 0,03%, a R$ 3,9865 e a comercial perde 0,07%, a R$ 3,9880. O fortalecimento do yuan tranquilizou os investidores após o feriado de uma semana nos mercados chineses.
No mercado de juros futuros, o contrato de DI para 2017 opera estável, a 14,420%, e o de DI para 2021 tem queda, de 16,060% na sexta-feira para 15,970%, apesar de o boletim Focus ter mostrado piora nas projeções de inflação.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), a expectativa do mercado é que encerre o ano a 14,25%, mesma previsão da semana passada. Para 2017, o mercado voltou a revisar para cima a taxa, de 12,50% na pesquisa anterior para 12,75% nesta semana.