Dólar fecha abaixo dos R$ 4, e Bolsa sobe após passar o dia no negativo

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 01/02/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar fechou abaixo dos R$ 4 nesta segunda-feira, no menor patamar desde o início de 2016, em um dia fraco de notícias vindas do mercado interno. Investidores aguardam o retorno do Congresso e o desenrolar do processo de impeachment contra a presidente Dilma, nesta terça-feira (2).
No exterior, dados da indústria chinesa forçaram uma correção dos mercados, que haviam subido fortemente na sexta-feira (29).
O dólar à vista (referência para o mercado financeiro) recuou 0,48%, para R$ 3,98, enquanto o comercial (usado em comércio exterior) cedeu 1,51%, para R$ 3,9620. Foi o menor patamar de fechamento desde o começo do ano e amplia a baixa registrada na sexta-feira.
Em uma cesta de 22 moedas emergentes, o dólar se valorizou ante 12 e perdeu para 10.
Após o fechamento dos mercados na sexta-feira, o BC anunciou para esta sessão o início da rolagem dos contratos de swap cambial -que equivalem a venda futura de dólares- com oferta que, se mantida, deve ser suficiente para rolar integralmente o lote que vence em março. O BC vendeu a oferta total de 11,9 mil contratos nesta manhã.
Também notícia com potencial de desvalorizar o dólar, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) mostrou nesta segunda que as importações brasileiras despencaram 36% em janeiro. O país registrou superavit comercial de US$ 923 milhões, o primeiro saldo positivo para o mês desde 2011 e o mais elevado em nove anos.
Esse ajuste das contas externas, que ocorre em ritmo mais acelerado do que o previsto inicialmente por economistas, tem sido importante para reduzir a dependência do país de capital externo.
BOLSA
A Bolsa brasileira trabalhou boa parte do pregão em leve queda, pressionado por notícias da China. Ao final da sessão, no entanto, conseguiu reverter as perdas e fechou com ganhos modestos. O Ibovespa, principal índice acionário do país, avançou 0,41%, a 40.570 pontos.
O sinal negativo da Petrobras, contagiada pelos preços do petróleo, foi compensado pela alta dos bancos.
As ações preferenciais da estatal (mais negociadas) caíram 2,47%, para R$ 4,72. Os papéis ordinários (com direito a voto) recuaram 5,05%, para R$ 6,58. O petróleo voltou a cair, e o Brent (referência mundial para a commodity) era negociado em baixa de 1,67%, a US$ 34,16. O WTI (referência americana) cedia 6,25%, para US$ 31,52.
Bradesco e Itaú registraram ganhos. Os papéis preferenciais do Bradesco avançaram 2,59%, para R$ 18,62. As ações do Itaú-Unibanco ganharam 2,08%, a R$ 25,47. O banco divulga resultados de 2015 nesta terça.
Durante o dia, os mercados foram pressionados por dados ruins da China. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa atingir o menor nível desde meados de 2012. O indicador caiu a 49,4 em janeiro ante 49,7 no mês anterior e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,5%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,8%.
As Bolsas europeias terminaram o dia no negativo. O principal índice europeu de ações, o FTSEurofirst 300, teve queda de 0,25%, para 1.344 pontos. Já as Bolsas americanas esboçavam, tal qual o Ibovespa, reação ao final da sessão.