Primeiro a chegar na Campus Party esperou dois dias na fila

Autor: Da Redação,
terça-feira, 26/01/2016

ISABEL SETA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os portões da Campus Party, um acampamento de tecnologia que começa nesta terça-feira (26) e vai até domingo (31) em São Paulo, abriram para os participantes às 12h, pondo fim a uma pequena fila que se formou antes do início do evento.
Para Douglas de Carvalho, 18, entretanto, a espera foi mais longa. Ele foi o primeiro campuseiro -como são chamados os participantes do evento- a chegar no Pavilhão de Exposições do Anhembi: às 14h de domingo (24).
"Eu não vim com a expectativa de ser o primeiro, mas passei aqui para dar uma olhada e descobri que era o primeiro campuseiro a chegar", conta.
Douglas é de Recife e veio para São Paulo somente para a Campus Party, já é a sua sexta vez -compareceu a quatro edições regionais em Recife. Para aguentar esse tempo na fila, ele comia "besteiras" que amigos traziam, ia tomar banho na rodoviária do Tietê, que fica próxima dali, e usou um colchão inflável para dormir.
Mas é sua primeira vez no espaço do Anhembi e ele diz estar animado com a infraestrutura. Também gostou do tema desta edição "feel the future" (sinta o futuro).
A inovação tecnológica também chamou a atenção de Natasha Ribeiro, 27, do Rio de Janeiro e Beatriz Silva, 35, de Recife. Elas vieram para o aniversário de São Paulo nesta segunda-feira (25) e já entraram para a fila da Campus.
"É legal ver as palestras principais, que falam de inovação. A Campus é um bom lugar para ver o que está sendo desenvolvido para o mercado" diz Ribeiro, bacharel em matemática e campuseira pela terceira vez.
O evento conta com cinco palcos com diferentes temas, ciência, inovação, criatividade, empreendedorismo e entretenimento, e 600 palestrantes. Além das palestras, haverá workshops de tecnologia -um deles vai até ensinar como construir um braço robótico- e uma área gratuita, a Campus Future, que terá apresentações de start-ups.
Junto com a programação oficial, corre uma programação paralela criada pelos próprios campuseiros. É o que veio fazer Thiago Blauth, 33. Ele chegou cedo para pegar uma bancada bem localizada, numa área com espaço, para poder montar brincadeiras e organizar uma gincana -que no ano passado teve 44 equipes inscritas.
"Fazemos de tudo, teve gente que até parou na enfermaria", contou.