Aluguel residencial recua pelo 7º mês seguido em São Paulo

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 20/01/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O valor médio dos novos aluguéis residenciais na cidade de São Paulo voltou a ter queda nominal (sem descontar a inflação) em dezembro. O recuo foi de 0,2% no mês e de 2,5% em 2015. Os dados são do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
No mesmo período, o IGP-M, índice usado como referência para a maior parte dos contratos de aluguel, foi de 10,5%.
Foi o sétimo mês seguido de ajuste negativo na comparação em 12 meses. E o 14º em que os ajustes dos preços de aluguéis não repõem a inflação medida.
Ou seja, alugar um novo apartamento em São Paulo está ficando mais barato em relação aos outros gastos.
Com o mercado em baixa, quem tem um contrato antigo e é bom inquilino tem margem para renegociar valores. Ou pode se mudar para um imóvel mais vantajoso.
"Esses 2,5% representam a maior retração em um período de 12 meses desde que o Secovi-SP começou a fazer o estudo com a atual metodologia, em agosto de 2005", afirma Mark Turnbull, diretor de Locação do Secovi-SP.
Em dezembro, imóveis com três dormitórios tiveram aumento de 0,1%. Já os imóveis com dois quartos tiveram queda de 0,3%, a maior nos valores de locação, e os com um quarto caíram 0,25%.
Em relação ao tempo que demora para o proprietário alugar cada tipo de imóvel vago, os de três dormitórios são, com ampla vantagem, os que mais demoram, com um prazo de 53,9 dias em média.
Com o proprietário acumulando gastos com o imóvel parado, locatários têm mais espaço para negociar e conseguir melhores preços.
Esse tipo de imóvel é seguido por casas de três dormitórios, que levam 49,1 dias para alugar; apartamentos de dois dormitórios, com prazo de 34,8 dias. Casas de dois quartos e apartamentos com um dormitório têm o mesmo prazo, de 27,1 dias. Já casas de um quarto demoram, em média, 21,6 dias.
O tipo de garantia mais utilizado pelos inquilinos em dezembro foi o fiador, responsável por 46,5%. O depósito de até três aluguéis foi usado por 35% e o seguro-fiança foi utilizado em 18,5% dos contratos.