Mercado prevê que taxa de juros subirá e fechará 2016 em 14,63%

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 14/12/2015
IMAGEM ILUSTRATIVA - ARQUIVO (AGÊNCIAS)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Economistas ampliaram para 14,63% o centro (mediana) das previsões para a meta da taxa de juros Selic no fechamento de 2016. Há uma semana, esperava-se que a meta ficasse próxima ao patamar atual, de 14,25%.
Os dados fazem parte de pesquisa com economistas realizada pelo Banco Central e publicada semanalmente como parte do boletim Focus.
A taxa de juros é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia.
Se os juros caem muito, a população e as empresas têm mais acesso a crédito e consomem mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços.
Se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento -que ficam mais caros-, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam, ou seja, que haja inflação.
A meta é um patamar ideal apontado pelo Banco Central para a taxa. Com ela, a entidade indica ao mercado que atuará para abaixar ou subir o indicador de forma mantê-lo em torno do nível almejado.
Desde o início do ano, a previsão de economistas para a taxa Selic de 2016 tem sido menor do que a para 2015. Ou seja, esperava-se que o governo afrouxasse o controle sobre a inflação.
Na semana passada, no entanto, a previsão para o fim de 2016 atingiu o patamar atual e, agora, o mercado espera que o ano que vem feche com a Selic maior do que a taxa atual.
Também subiu a previsão para a média da taxa de juros em 2016, de 14,25% há uma semana para 14,92%.
Como não haverá mais nenhuma reunião de revisão da Selic até o fim de 2015, não há novas previsões de economistas para a taxa no ano.
INFLAÇÃO MAIOR, PIB MENOR, DÓLAR MAIS FRACO
A previsão de inflação também subiu. Ela foi de 10,44% há uma semana para 10,61%, para ano de 2015.
Para 2016 prevê-se inflação de 6,80%. Há uma semana esperava-se inflação de 6,70% para o ano.
Os economistas também ampliaram para 3,62% o centro (mediana) das previsões de retração do PIB para 2015. Há uma semana, esperava-se queda de 3,52%.
Para 2016, espera-se queda de 2,67%. Na semana anterior, esperava-se retração de 2,31%.
As previsões também reduziram, pela primeira vez desde abril, a expectativa sobre a taxa de câmbio. Agora, espera-se que ela feche o ano em R$ 3,90. Há uma semana, esperava-se que chegasse a R$ 3,90.
Para o fechamento de 2016, a expectativa é a mesma da semana anterior, de um câmbio em R$ 4,20.