Créditos do BRDE para o agronegócio somam R$ 958 milhões

Autor: Da Redação,
terça-feira, 14/07/2015
Créditos do BRDE para investimentos no agronegócio somam R$ 958 milhões  - Imagem de arquivo

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), anunciou nesta terça-feira (14), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, o recorde de financiamentos feitos pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) para investimentos no setor do agronegócio paranaense, no primeiro semestre do ano. Foram R$ 852 milhões contratados para o setor com linhas de crédito para cooperativas e produtores rurais cooperados. São R$ 575 milhões liberados às cooperativas e mais de R$ 277 milhões para cooperados e operações diretas com produtores rurais. Com as operações de janeiro a julho, incluindo todos os setores, o banco fecha o primeiro semestre com R$ 958 milhões em financiamentos, praticamente a totalidade da previsão de contratações em 2015, de R$ 1 bilhão.

“Cerca de 90% dos financiamentos foram para o setor agropecuário, um valor expressivo. Uma demonstração do dinamismo do setor e do nosso compromisso os produtores rurais”, disse o governador. Durante a cerimônia, foram formalizados contratos de financiamento com 15 cooperativas agropecuárias: Agrária (região central do Paraná), C. Vale (Oeste), Castrolanda (Campos Gerais), Coamo (Centro-Oeste), Tradição (Sudoeste), Cocamar (Noroeste), Coonagro (Região Metropolitana de Curitiba), Copagril (Oeste), Cotriguaçu (Oeste), Frimesa (Oeste), Integrada (Norte), Copacol (Oeste), Primato (Oeste), Lar (Oeste) e Coasul (Sudoeste). SUPORTE - “É importante que o estado dê o suporte necessário para que o setor consiga superar as dificuldades econômicas, gerar empregos e renda”, afirmou o governador.

O agronegócio representa 60% das operações do BRDE, com financimantos para investimentos, principalmente, em armazenagem, suinocultura, avicultura, produção de leite e agregação de valor à produção no campo. Além de crédito do BRDE, o governador ressaltou que já autorizou diversas medidas para o fortalecimento do agronegócio paranaense. Ele citou como exemplos a criação da Agência de Defesa Agropecuária, a construção de casas rurais e a recuperação e modernização de três mil quilômetros de estradas rurais com o programa Patrulha do Campo. “O agronegócio tem sido essencial para a balança comercial nacional e criado empregos e renda aos paranaenses”, afirmou. 

PARCEIRO HISTÓRICO - O presidente da Organização das Cooperativas do Paraná, João Paulo Koslovski, destacou o fortalecimento dos produtores rurais e disse que o banco é um parceiro histórico do cooperativismo paranaense. “Esses valores aplicados no agronegócio serão socializados, distribuindo renda aos cooperados. É muito importante contar com o suporte de um banco para melhorar e agregar maior valor aos produtos”, disse Koslovski. Ele afirmou, ainda, que mesmo com as dificuldades econômicas nacionais o setor continua investindo no Paraná. 

EM QUATRO ANOS - No governo Beto Richa, o BRDE liberou linhas de créditos no valor de R$ 2,1 bilhões para o cooperativismo. Em 2015, a agência paranaense chegou a 50 mil contratos assinados, que somam R$ 30 bilhões em investimentos. O diretor administrativo do BRDE, Orlando Pessuti, destacou o momento complicado da economia nacional e disse que o suporte do banco tem garantido aos produtores rurais ampliar as receitas e continuar investindo. “Ao contrário de outros estados, aqui no Paraná o cooperativismo continua investindo, porque tem o apoio do Estado”, disse ele. 

RECONHECIMENTO – A Integrada Cooperativa Agroindustrial tem quatro contratos com o banco no valor de R$ 14,5 milhões para construção de uma nova fábrica e de um barracão de armazenagem de grãos. O presidente da Integrada, Jorge Hashimoto, agradeceu o apoio do governo estadual às cooperativas. “Essas linhas de financiamento são muito importantes para melhorar o desenvolvimento local e ajudar na renda dos cooperados”, disse ele. A Integrada tem atualmente oito mil cooperados e várias unidades localizadas principalmente nas regiões Norte e Noroeste. 

SEGUNDO SEMESTRE - Para o segundo semestre, a meta do BRDE é, com recursos próprios e repasses do FGTS, e em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano, financiar obras de infraestrutura, saneamento e mobilidade urbana nos municípios e empresas concessionárias de serviços públicos. Além disso, mais R$ 200 milhões, oriundos da capitalização feita pelo Governo do Paraná ao BRDE, também serão aplicados em financiamento de obras de infraestrutura nos municípios. 

Outros R$ 200 milhões de linhas de BNDES e FINEP deverão ser destinados ao financiamento de micro, pequenas e médias empresas paranaenses, especialmente para projetos de inovação e de expansão das atividades. “O banco tem hoje instrumentos eficientes de fomento do setor público e privado. É importante garantir isso para o desenvolvimento do Paraná”, disse Wilson Quinteiro, diretor de Operações. Ele explicou ainda que mais um produto será ofertado no segundo semestre pelo banco: a prestação de fiança pelo BRDE para projetos de infraestrutura e geração de energia para outros agentes. Outra opção é o financiamento por meio da emissão de debêntures.