No Rio, diretora do FMI elogia Bolsa Família e critica gasto governamental excessivo

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 21/05/2015

SAMANTHA LIMA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Em visita ao Complexo do Alemão, no Rio, A diretora gerente do FMI (Fundo Monetário internacional), Christine Lagarde elogiou o Bolsa Família, e afirmou que a disciplina fiscal "é a base necessária" para manter os programas sociais.
Lagarde disse considerar "um fato histórico" gastos do governo no programa de distribuição de renda.
Ela afirmou, no entanto, que "a disciplina fiscal é a base necessária para permitir e financiar os programas. Eles andam juntos. No fim do dia, são os mais pobres que sofrem mais com a indisciplina fiscal", disse Lagarde, na estação do teleférico do Alemão, onde chegou pouco antes das 10h, vindo desde a estação inicial, no bairro de Bonsucesso.
Na estação, conversou com empreendedores, assim como beneficiários de programas sociais que moram na comunidade.
Depois, assistiu a uma apresentação de capoeira. Sorridente, bateu palmas, arriscou alguns batuques no atabaque, tentou ampliar a roda para dar mais espaço à apresentação e também tocar berimbau.
DIRETORA QUER CONHECER PROGRAMAS SOCIAIS
A diretora-gerente do FMI está no Brasil desde quarta-feira (20) para cumprir, no Rio e em Brasília, uma agenda de caráter econômico e social.
A visita ao Complexo do Alemão durou cerca de 40 minutos e, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, partiu de pedido de Lagarde para conhecer programas sociais brasileiros.
O último relatório anual do FMI incluiu uma análise sobre os programas "Bolsa Família" e "Brasil sem Miséria".
Segundo a programação, Lagarde deve ser acompanhada pela ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campelo.
Depois, segue para Brasília, onde tem reuniões com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a presidente Dilma Rousseff.
Na sexta-feira (22), já de volta ao Rio, Lagarde participará do 17º Seminário de Metas de Inflação do Banco Central.
Nesta quarta-feira (20), Lagarde jantou no Rio, no Lé Pré Catelan, com o presidente do BC, Alexandre Tombini.