​Em ano de seca histórica, Itaipu produz 11% menos que em 2013

Autor: Da Redação,
sábado, 03/01/2015
Foto: www.prismahotelfoz.com.br

Após dois anos seguidos de recordes de produção, a Hidrelétrica de Itaipu, no oeste do Paraná, produziu cerca de 11% menos que em 2013: 87,8 milhões de megawatts-hora (MWh), contra a marca histórica do ano anterior que foi de 98,6 MWh.

A queda é resultado, entre outros, da terceira maior seca pela qual o Brasil passou em 84 anos desde o início das medições. A meta agora, aponta a superintendência de operação da usina, é chegar aos 100 milhões de MWh. “Desde que a Itaipu começou a operar, em 1984, este foi o ano com o pior regime hidrológico no país e também no Rio Paraná.

A seca e outros fatores controlados pelo Operador Nacional do Sistema influenciaram neste resultado. Por outro lado, atingimos o melhor índice de desempenho destes 30 anos de geração, com 99,3% de eficiência operacional. Isso quer dizer que aproveitamos quase toda a água que chegou ao reservatório durante o ano”, comentou o superintendente de Operação de Itaipu, Celso Torino.

Na prática, isto significa que se Itaipu tivesse mais matéria-prima para operar, aponta, mais energia seria gerada pela usina. “Se vamos ter uma produção maior ou mesmo se vamos atingir a meta de 100 milhões de MWh ainda não é possível afirmar”, apontou ao explicar que a previsão é feita pelas hidrelétricas a partir do final de março, quando termina o período chuvoso. “Com a situação dos reservatórios mais bem definida, é possível ter ideia de como este recurso poderá ser administrado até novembro, quando começa o período úmido.

Já podemos observar uma melhora no nível dos reservatórios, e isso é muito bom”, disse. Já com um regime hidrológico melhor, ao contrário do enfrentado pela Itaipu, em 2014 a usina chinesa de Três Gargantas produziu 98,8 milhões de MWh, superando em o equivalente a meio dia de produção o recorde anual da hidrelétrica brasileiro-paraguaia registrado em 2013, quando foi responsável por 17% de toda a energia elétrica consumida no país. “Mesmo com a redução e a contribuição maior das hidrelétricas, este percentual no mercado brasileiro deve se manter entre 15% e 17%”, estimou Torino.

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