Dólar acompanha humor no exterior e cai ante real

Autor: Da Redação,
terça-feira, 08/07/2014


As bolsas internacionais operam no negativo após dados fracos de atividade na Alemanha e no Reino Unido e diante da expectativa com o início hoje da temporada de balanços nos Estados Unidos e ata da reunião de política monetária do Federal Reserve, amanhã. A cautela antes desses eventos nos EUA confere viés de baixa ao dólar ante várias divisas, inclusive o real. Na esteira do dólar, os juros futuros operam em baixa, especialmente as taxas mais longas, refletindo uma maior preocupação do investidor com atividade do que com inflação, após a divulgação do IPCA e IGP-DI nesta manhã. Às 9h20, o dólar à vista no balcão caía 0,18%, a R$ 2,2210, na mínima. O contrato futuro para agosto tinha queda de 0,22%, a R$ 2,2365.

Na Europa, a produção industrial do Reino Unido caiu 0,7% em maio ante abril, no pior resultado desde agosto de 2013 e contrariando as estimativas de crescimento de 0,4%. Já na comparação anual, houve alta de 2,3% em maio deste ano, também abaixo da projeção de alta de 3,2%. Na Alemanha, a maior economia da zona do euro, as exportações caíram 1,1% em maio, na margem, enquanto as importações recuaram 3,4%, o que pesa negativamente apesar de o superávit comercial ajustado de 18,8 bilhões de euros de maio ter sido maior do que o saldo de abril (+17,2 bilhões de euros) e melhor que a previsão de economistas de um superávit de 16,2 bilhões de euros.

Nos EUA, o índice de otimismo das pequenas empresas caiu para 95,0 em junho, de 96,6 em maio, nível que havia sido o mais alto desde setembro de 2007, ficando abaixo do esperado por analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam avanço do índice a 97,0. O dado, no entanto, não chegou a mexer com o humor do investidor.

Às 9h12, a Bolsa de Londres caía 0,58%, a Bolsa de Paris tinha queda de 0,49% e a de Frankfurt recuava 0,53%. No mercado futuro em NY, o Dow Jones perdia 0,12%, o Nasdaq -0,06% e o S&P 500 recuava 0,14%. Na contramão, o Ibovespa futuro subia 0,16%, aos 54.345 pontos.

O IPCA ficou em 0,40% em junho, de 0,46% em maio, dentro do intervalo das estimativas (0,29% a 0,47%), mas acima da mediana estimada, de 0,39%. No acumulado de 12 meses, o índice acumula alta de 6,52%, em linha com a mediana projetada. Já o IGP-DI recuou 0,63% em junho, após cair 0,45% em maio, a queda mais intensa desde julho de 2009 (-0,64%) e dentro do intervalo das projeções (-0,76% a -0,48%), com mediana de -0,63%. Com o resultado do mês passado, o IGP-DI acumula altas de 2,10% no ano e de 5,77% nos últimos 12 meses.