Anef: crédito para compra de veículos cai em fevereiro

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 03/04/2014
Anef: crédito para compra de veículos cai em fevereiro

A liberação de recursos para financiamento de veículos apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo. Em fevereiro, segundo o boletim mensal da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), o total de recursos liberados foi de R$ 8,9 bilhões. O montante é 8,3% menor do que o total liberado em janeiro (R$ 9,6 bilhões). Em dezembro, quando houve a primeira queda desta sequência, o volume de crédito liberado foi de R$ 11,4 bilhões ante o total de R$ 9,8 bilhões de novembro de 2013.

Apesar dessa redução no volume de crédito, o resultado de fevereiro deste ano foi 20,1% maior do que o do mesmo mês de do ano passado. Essa expansão, segundo a Anef, no entanto, se deve basicamente ao efeito calendário, já que em 2013 o carnaval foi em fevereiro e este ano aconteceu no mês de março. Esse fator calendário, nas expectativas da entidades devem, inclusive, ter um impacto negativo em março.

Dos recursos concedidos em fevereiro deste ano, R$ 7,2 bilhões foram direcionados a financiamentos para pessoa física e o outro R$ 1,7 bilhão, para pessoa jurídica.

Para o presidente da Anef, Décio Carbonari, apesar das seguidas reduções no nível de inadimplência, o que poderia animar os bancos a emprestarem mais é preciso "analisar de forma realista o setor de crédito automotivo". "Este tem sido o início de ano mais travado, pelo menos nos últimos dez anos", afirmou.

Saldo

O saldo total das carteiras de veículos - incluindo Financiamento CDC e Leasing, para pessoas físicas e jurídicas - chegou a R$ 225,5 bilhões em fevereiro. O valor é 5,4% menor do que o registrado em fevereiro de 2013, quando o montante era de R$ 238,4 bilhões. Em janeiro, o total em carteira era de R$ 227,4 bilhões.

A expectativa da Anef para 2014 é fechar um ano com um resultado próximo do saldo do ano passado, que foi de R$ 228,6 bilhões. "As associadas da Anef acreditam que durante 2014 o saldo deve ficar estagnado, sem variação positiva, nem abaixo de 2013", afirmou Carbonari.