RIO DE JANEIRO, RJ, 9 de março (Folhapress) - Três dias depois da expedição de uma liminar judicial impedindo a mudança do nome do Copacabana Palace, o grupo britânico Orient-Express, proprietário do hotel, disse que não pretende renomear o estabelecimento como Belmond Copacabana Palace.
Em comunicado oficial emitido hoje, o grupo afirmou que "refutando os rumores acerca do assunto, (...) não pretende alterar o nome ou a fachada (...), nem planeja remover o nome Copacabana Palace dos itens de uso do hotel, tais como toalhas, louças e copos".
A intenção de alterar o nome do tradicional hotel carioca a partir de 10 de março havia sido divulgada pela própria empresa, no fim de fevereiro. O site oficial do hotel já exibe a nova identidade visual e apresenta o estabelecimento carioca como "Belmond Copacabana Palace".
A assessoria de imprensa da Orient-Express disse à reportagem que o que foi alterado foi apenas a marca corporativa da empresa que administra o hotel. As referências à antiga marca serão substituídas pela nova. "Onde estava escrito Copacabana Palace by Orient Express, agora constará Belmond Copacabana Palace", disse a assessoria do grupo.
A empresa informou que o ícone dourado do hotel não mudará. Ainda que a fachada não mude, as telefonistas, por exemplo, falarão "Belmond Copacabana Palace" ao atenderem as chamadas. Nos produtos que ficam nos quartos, como xampus e panfletos de turismo, haverá a substituição da marca Orient-Express por Belmond. Toalhas, lençóis e roupões serão mantidos apenas com o nome Copacabana Palace.
A confusão é fruto da criação de uma nova marca, a Belmond, que congrega, além do Copacabana Palace, outros 44 hotéis pelo mundo, entre eles o Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR).
"Assim como o nome Copacabana Palace coexistiu até aqui com a marca Orient-Express, a nova marca Belmond também estará presente ao lado, e de maneira complementar, a cada ícone da nossa coleção", diz o diretor-executivo de vendas e marketing da Orient-Express, Ralph Aruzza.
A liminar contra a mudança de nome foi expedida pela juíza Gisele Guida de Faria, da 9ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio, atendendo a pedido do empresário Omar Peres, que também está construindo hotel na orla de Copacabana. O imóvel, inaugurado em 1923, foi tombado em 2008.