ECONOMIA-MERCADOS - (ATUALIZADA)

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 03/03/2014

Com crise na Ucrânia, índice de ações europeia tem maior queda desde junho




SÃO PAULO, SP, 3 de março (Folhapress) - Os mercados globais refletiram hoje a escala de tensão na região da Ucrânia. Bolsas de Valores pelo mundo registraram quedas enquanto ativos conhecidos como refúgio de segurança pelos investidores subiram.

Tropas russas tomaram o controle de um terminal de balsas que liga a Ucrânia com a Rússia no leste da Crimeia. Há indicações de que a região já esteja tomada por soldados russos e o temor é de uma expansão para o resto do território ucraniano.

Diante de tal cenário, o índice de ações da zona euro recuou 3%, a maior retração diária desde junho. As Bolsas de Alemanha, França, Itália, Portugal e Espanha tiveram perdas acima de 2% e o índice Financial Times, de Londres, caiu 1,49%.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, terminou com queda de 2,2 %, o recuo mais forte desde 24 de janeiro, quando preocupações econômicas e políticas provocaram ansiedade em relação a ativos de mercados emergentes.

Empresas expostas à região, como o austríaco Raiffeisen Bank International, foram as mais afetadas.

"Investidores haviam subestimado os riscos de uma escalada na Ucrânia, então os eventos no fim de semana são um chamado para o mercado", disse David Thebault, chefe de vendas quantitativas do Global Equities.

Os bancos estavam entre os que mais caíram liderados pelo recuo de 9,6% do Raiffeisen, que tem a maior exposição à Ucrânia entre as blue chips europeias.

Tensão na Ucrânia

A crise se alastrou por outros emergentes. Na Polônia, o principal índice de ações recuou quase 5% e a moeda oficial caiu para o menor nível em três semanas.

Na Ásia, o principal índice de ações recuou 0,93% e a Bolsa japonesa caiu 1,27%.

A Rússia é também um importante fornecedor de petróleo e gás para a Europa e o temor é que as tensões com a Ucrânia possam afetar a oferta.

O preço do barril de petróleo chegou a subir mais de 2% e atingiu a maior cotação do ano diante das preocupações. O ouro, considerado um refúgio em tempos de instabilidade, avançou 1,3%.