Instituição de Ribeirão Preto planeja quintuplicar carteira após venda

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 10/10/2013





Por Venceslau Borlina Filho

RIBEIRÃO PRETO, SP, 10 de outubro (Folhapress) - O grupo de investimentos Vinci Partners, do Rio de Janeiro, concluiu a compra do BRP, banco com sede em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), e anunciou hoje que pretende quintuplicar a carteira de crédito atual para R$ 500 milhões até 2015.

O anúncio foi feito pelo presidente do BRP, Nelson Rocha Augusto, que continua no comando da instituição, fundada em 1995. A aquisição foi feita no final de 2012 e no mês passado foi autorizada pelo Banco Central.

A expectativa de crescimento considera a entrada de novos produtos do banco e a maior atuação geográfica. Antes restrito ao interior paulista, a nova fase do BRP terá abrangência nos Estados de Minas Gerais e da região Centro-Oeste do país.

Atualmente, a carteira de crédito do BRP é de cerca de R$ 100 milhões. O banco tem 300 clientes, na sua maioria empresas e grandes empresários. De imediato, o BRP "ganhou" cerca de 30 clientes, que antes tinham suas operações na sede da Vinci, no Rio.

"Vamos buscar clientes em todas essas regiões que precisam de crédito, projeto de investimento, assessoria financeira, abertura de capital. Todos fora do eixo Rio-São Paulo estarão sob nossa responsabilidade", disse Augusto.

Concorrência

A região de atuação e de produtos é a mesma do banco BTG Pactual, que iniciou as atividades neste ano em Ribeirão Preto. É a primeira unidade do banco fora de capitais. "O BTG Pactual é um concorrente nosso. Nós apostamos no relacionamento [clientes]", disse Augusto.

"Nossa carteira atrofiou desde quando foi anunciado a venda do BRP, o que consideramos um movimento normal. Agora, vamos recuperar esses clientes e ganhar novos", disse o presidente.

Na carteira, 45% corresponde a clientes ligados ao agronegócio. Desses, cerca de 20% são ligados à produção de etanol e açúcar. A região de Ribeirão Preto é reconhecida como um dos principais polos sucroenergéticos do país.

Com a gestão da Vinci Partners, o banco vai trabalhar o setor de infraestrutura (habitação, comercial e industrial), prestadores de serviços e agroindústria. Atualmente, a Vinci Partners tem R$ 16 bilhões sob gestão de fundos.