Desemprego deve atingir 5,8% em março, indica Fipe-Catho

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 28/03/2013

A taxa de desemprego deve atingir 5,8% em março, de acordo com indicador antecedente elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o portal Catho. Se as estimativas das instituições se concretizarem, o indicador deste mês será 0,2 ponto porcentual maior do que a taxa de desemprego de fevereiro, de 5,6%, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Se confirmada, a taxa de desemprego será inferior à de 6,2% de fevereiro de 2012 e a maior desde junho do ano passado, de 5,9%. O cálculo da taxa de desemprego antecipada é feito a partir do cruzamento de informações obtidas com buscas na internet (por meio de palavras-chave relacionadas ao setor de emprego), com informações de vagas, candidatos e contratações da Catho, além de outros dados econômicos, como a própria série do IBGE.


A Fipe e a Catho divulgaram ainda que o indicador de vagas por candidato (IVC) ficou em 0,81 em março, ante 0,73 em fevereiro e 0,62 em março de 2012. "Para cada cinco novos candidatos que buscaram emprego, houve em média quatro novas vagas. Os números sugerem que, na margem, o mercado de trabalho em março esteve aquecido, apesar de um comportamento mais fraco do indicador no começo do ano", informaram a Fipe e a Catho.


Na média do trimestre, a relação entre novas vagas e novos candidatos ficou em 0,76, contra 0,95 no trimestre imediatamente anterior - o qual é sazonalmente mais forte, por ser o último do ano - e 0,64 no primeiro trimestre de 2012. "Ou seja, além do nível de ocupação estar mais elevado, o ritmo de criação de vagas permanece alto", informaram.


Já o índice de salários ofertados apontou que, em março, o aumento acumulado anual e real acima da inflação foi de 5% sobre o salário médio oferecido, ante uma alta acumulada de 10% até março de 2012 e de 6% até fevereiro de 2013. A Fipe e a Catho informaram ainda que os salários na contratação dos empregados foi 1% menor que os ofertados pelas empresas no levantamento disponível até fevereiro.