Governo deve fazer emissão externa em 2012, diz Valle

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 12/09/2012

O subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Paulo Valle, disse nesta quarta-feira que o Tesouro deve fazer uma emissão externa ainda em 2012. "Devemos acessar o mercado neste ano. A estratégia é de recompra de títulos e construção de benchmarks", comentou. Segundo ele, as características do papel dependerão da situação do mercado na época da captação.


"A estratégia da emissão é em dólar, com papéis de 10 e 30 anos, e em real, com 10 anos, com foco específico de continuar construindo a curva", disse. "Mas não há nada definido. O Tesouro monitora o mercado diariamente e quando as condições são favoráveis a gente aproveita a janela", destacou.


Segundo Valle, essa nova captação não deve ser realizada no curto prazo, para não "machucar o investidor que entrou na primeira emissão", destacou. Na semana passada, o Brasil concluiu a captação de US$ 1,35 bilhão com o bônus 2023, com vencimento em 5 de janeiro de 2023. O título foi emitido com cupom de juros de 2,625% ao ano e spread de 1,1 ponto porcentual acima do papel do Tesouro dos Estados Unidos, com vencimento em 15 de agosto de 2022.


O bônus soberano foi colocado no mercado com preço de 99,456% do valor de face, o que viabilizou uma taxa de retorno (yield) de 2,686% para o investidor, o menor da história do País. Antes, a menor taxa de retorno paga a credores externos foi do Global 2021, com 3,449% ao ano.