"O tempo está se esgotando", diz Obama em relação a acordo

Autor: Da Redação,
sábado, 30/07/2011
"O tempo está se esgotando", diz Obama em relação a acordo

O presidente Barack Obama alertou ontem (29) que o tempo está se esgotando para que os Estados Unidos alcancem um acordo para aumentar o teto da dívida pública, insistindo que um compromisso nesse sentido é possível.

- Não é uma situação na qual as duas partes estejam a quilômetros de distância.

Em um discurso na Casa Branca, Obama pediu que os norte-americanos pressionem o Congresso para conseguir um "acordo bipartidário". Segundo o presidente, "há muitas crises que não podem ser previstas, mas a solução desta está nas mãos dos políticos" dos Estados Unidos.

- Há muitas maneiras de sair deste impasse, mas quase não nos resta tempo (...) É o momento do compromisso.

Decisão pode sair no domingo

O líder da maioria democrata no Senado americano, Harry Reid, afirmou nesta sexta-feira (29) que tomará as medidas necessárias para obter uma votação sobre um texto de compromisso com o objetivo de elevar o teto da dívida e evitar um default por parte dos Estados Unidos.

- Esta é provavelmente nossa última oportunidade de salvar este país do default.

Segundo Reid, a iniciativa pode ser votada na madrugada do próximo domingo (31). Concretamente, ele deverá dar por finalizados os debates a fim de habilitar uma primeira votação de procedimento, que pode ocorrer até 1h ocal de domingo (2h de Brasília), sobre o projeto elaborado sob sua direção.

Uma segunda votação será realizada na segunda-feira às 7h30 (8h30 de Brasília), antes de sua passagem final na terça-feira (2), data limite em que os EUA cairão em default se não aumentarem o limite de sua dívida, indicou um líder democrata.

Na noite da última quinta-feira (28), os republicanos da Câmara de Representantes adiaram a votação de um plano para reduzir o déficit, enquanto a crise política americana afeta os mercados a cinco dias de uma eventual moratória.

O plano alternativo do Senado apresentado por Reid economizaria R$ 3,4 trilhões (US$ 2,2 trilhões) em 10 anos, segundo o CBO (Escritório de Orçamento do Congresso americano).

Semanas de discussões não bastaram para chegar a um acordo sobre um plano de redução do déficit acompanhado por um aumento do teto da dívida, que em maio alcançou seu limite legal de US$ 14,294 trilhões , ou seja, perto de 100% do PIB.