Maria de Fátima Mesquita da Silva, a Fatinha de Marcelo (União), foi eleita prefeita de João Dias (RN), neste domingo (6). Ela assumiu a candidatura no meio da corrida eleitoral, após o marido, que era prefeito e candidato à reeleição, ser assassinado a tiros no dia 27 de agosto.
Marcelo Oliveira (União) visitava eleitores em um dos bairros da cidade, quando foi surpreendido pela chegada de criminosos em dois veículos. O político foi morto com 11 tiros e o pai dele, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, que estava junto na hora, também foi assassinado.
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O caso gerou enorme repercussão e segue sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte. A esposa, Maria de Fátima, assumiu a candidatura, em meio ao luto, após decisão do partido, e foi eleita neste domingo com 66,84% dos votos válidos.
Com o nome político “Fatinha de Marcelo”, ela atingiu um total de 1.818 votos, mais do que o triplo da segunda colocada, a candidata Damária Jácome (Republicanos), que ficou com 566 votos.
Segunda candidatura
Esta foi a segunda vez que Maria de Fátima disputou uma eleição. A primeira candidatura dela foi em 2016, quando foi eleita vereadora de João Dias. Fatinha tem 34 anos e é agricultora. O vice dela é o mesmo que completava a chapa do marido: João Pedro (União).
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O prefeito assassinado, Marcelo Oliveira, tinha 38 anos de idade. O pai dele, Sandi, também tinha histórico político no município. Ele era ex-vereador de João Dias. De acordo com a polícia, cerca de oito pessoas participaram do atentado contra eles.
O inquérito que apura o caso está em fase final e deve ser apresentado, em breve, para oferecimento de denúncia ao Judiciário. Um dos mistérios que a investigação tenta desvendar é qual teria sido a motivação do crime.
O delegado responsável, Alex Wagner, não descarta nada, nem mesmo a possível relação com a disputa política.