O lixo hospitalar, também denominado Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), é todo o descarte de material infectante gerado a partir do atendimento a pacientes ou de estabelecimentos de saúde, como, por exemplo, materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos, tanto para seres humanos quanto para animais. Esses resíduos, quando não tratados corretamente, representam um sério problema de saúde pública e geram impactos irreversíveis no meio ambiente.
Na maioria dos casos, resíduos hospitalares como seringas, gases e agulhas são descartados em aterros sanitários, contaminando trabalhadores, animais e comunidades ao redor. Atualmente, outro destino do lixo hospitalar contaminante é a incineração, considerado um método de descarte que gera graves consequências na atmosfera. Além de gerar poluição, os trabalhadores são altamente expostos a riscos de contaminação. No geral, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), esse resíduo é responsável por 116 milhões dos casos de hepatite e 900 mil dos casos de HIV em todo o mundo por ano.
No Brasil, conforme a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), houve um aumento de 70% no descarte de resíduos hospitalares como máscaras, toucas, luvas, aventais, agulhas e seringas durante a pandemia. Nessa ocasião, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de número 222 de março de 2018 (RDC 222/2018), orienta as instituições sobre a prevenção e controle que devem ser adotados quanto ao novo coronavírus, incluindo o manejo e o descarte de resíduos no local de produção.
Contudo, frequentemente noticiado pelos principais veículos de comunicação, é comum encontrar materiais usados na luta à pandemia de Covid-19 entre resíduos comuns, infelizmente uma realidade nacional. No Distrito Federal, por exemplo, catadores de recicláveis compartilharam nas redes sociais imagens de luvas e aventais usados, sendo descartados de maneira irregular.
Em decorrência do avanço tecnológico, hoje há como tratar os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) no mesmo local em que foram gerados, graças à tecnologia francesa Steriplus, que foi trazida ao Brasil pela Sterileasy. A tecnologia está presente em mais de 50 países, com um alto poder de trituração e esterilização, e é devidamente regulamentada pela Anvisa no Brasil, sendo capaz de transformar resíduos infectantes em restos comuns, em um ciclo de apenas 30 minutos, sem prejudicar o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores.