Tecnologia na saúde: cirurgia minimamente invasiva da coluna

Autor: Da Redação,
terça-feira, 20/12/2022
Os dados relacionados a dores na coluna são alarmantes

Passar por uma cirurgia é algo que deixa muitas pessoas em pânico e preocupadas ainda mais quando se fala em coluna, mas métodos menos invasivos têm mudado essa realidade. O neurocirurgião, Mateus Tomaz, explica que isso acontece por causa da chegada de novas tecnologias que diminuem o tempo dos procedimentos e da recuperação.

“Eu gostaria de frisar a cirurgia endoscópica de coluna como a principal delas. Hoje em dia é possível retirar uma hérnia de disco em apenas 30, 40 minutos de cirurgia, enquanto que no passado esse tempo era inimaginável. Então além da rapidez na resolução dos procedimentos, a gente também tem outros benefícios”, destaca o especialista.

Entre esses benefícios está a rápida recuperação por ser uma cirurgia minimamente invasiva. O Dr. Mateus Tomaz destaca que “a pouquíssima agressão muscular traz uma recuperação bem mais rápida. O corte da cirurgia é de apenas 5 a 7 milímetros. Portanto, a recuperação se dá entre um e duas semanas. No hospital o paciente recebe alta em apenas 6 horas após a realização do procedimento. Ou seja, não é necessário nem dormir no hospital”.

Os dados relacionados a dores na coluna são alarmantes. Oito em cada dez pessoas no mundo tiveram ou terão dor nesta região do corpo, De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Se não tratado de forma correta, o sintoma pode evoluir para um quadro mais grave. 

O médico ainda explica que atualmente a grande maioria dos procedimentos podem ser feita através das cirurgias minimamente invasivas, mas existem exceções. “Essa cirurgia só não é realizada em casos de instabilidade. Por exemplo, quando existe alguma falha nos mecanismos de estabilização da coluna, ou seja, escorregamentos, fraturas. Essas situações indicam cirurgias abertas e não podem ser feitas nas minimamente invasivas, porém como 95% dos casos são relacionadas a hérnia de disco e alterações das articulações as cirurgias minimamente invasivas podem ser utilizadas”, finaliza o Dr. Mateus Tomaz, neurocirurgião.