Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), táxis-aéreos registram 19,95 acidentes por milhão de decolagens no Brasil. Esse é um número 16 vezes maior do que o registrado por aviões comerciais no país (1,27 acidente por milhão de decolagens).
A morte de Marília Mendonça na sexta-feira (5) reacendeu essa dúvida sobre a segurança aérea no Brasil. Há muito mais aviões pequenos do que grandes: no Brasil, existem 21.767 aeronaves pequenas e apenas 642 aviões grandes comerciais.
O táxi-aéreo ainda é o segundo mais seguro. O pior índice de todos é o dos aviões agrícolas, com 131,46 acidentes por milhão de decolagens.
Especialistas dizem que esses números não querem dizer que os aviões pequenos sejam mais perigosos. Segundo eles, trata-se dos padrões de operação e exigência em cada categoria de aviação. Também há erros humanos.
O piloto Raul Marinho, gerente técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), diz que "a segurança de voo tem muito mais relação com a maneira como o avião é operado do que com o modelo de aeronave em si".
Se o modelo foi certificado pela autoridade aeronáutica, ele cumpre os requisitos mínimos de segurança. Um avião que tem as manutenções em dia, com pilotos corretamente qualificados e que opere em locais com boa infraeestrutura, possui um nível de risco ínfimo e dificilmente sofrerá um acidente.
Fonte: UOL