A Polícia Civil (PC) está investigando um caso, onde um segurança da CCR Metrô Bahia teria filmado uma jovem, de 20 anos, no interior de um dos banheiros da Estação Bom Juá, em Salvador, na noite da última segunda-feira (17). A vítima afirmou que não houve consentimento.
A mulher, identificada como Aila Brito, retornava da faculdade quando o caso aconteceu. Ela utilizou as redes sociais para denunciar que foi filmada pelo segurança.
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De acordo com a estudante, o homem estava em um banheiro interditado, ao lado do que ela usava, e, nesse momento, ele a gravou através de uma janela que separa os dois cômodos. "Eu estava no banheiro da Estação Bom Juá e, quando olhei para trás, tinha um homem no celular me filmando. Estou aqui tentando pegar [as imagens da] a câmera de segurança, e o segurança diz que não podem dar a filmagem. Eu estou aqui sem saber o que fazer", contou ela na gravação.
"Se alguém tiver alguma informação de como proceder em um caso como esse... O celular estava em um banheiro interditado. É um absurdo uma janela do banheiro dar para outro banheiro", complementou Aila.
Ao notar que foi filmada, Aila foi em direção ao segurança para confrontá-lo. Durante a discussão, ele chegou a confessar que tinha feito imagens dela no local, e pediu para que ela apagasse o vídeo de denúncia que registrou.
"O segurança me chamou para conversar, e depois de muito me enrolar para mostrar a filmagem [da câmera de segurança], um deles admitiu que me gravou. Eu estou aqui e não sei como é que eu faço, não sei se chamo a polícia, não sei se eu vou para casa, se abro um B.O. [boletim de ocorrência]".
"Ele está tentando me convencer a não denunciar. Ele disse que não era para postar no Instagram. Está aqui querendo me convencer de que não está errado", disse a jovem na gravação da denúncia.
Investigação
As autoridades informaram que o suspeito, de 28 anos, irá responder por ter registrado atos íntimos sem autorização da vítima.
Já a CCR Metrô Bahia disse, por meio de uma nota, que "lamenta profundamente o ocorrido e repudia qualquer tipo de violação de privacidade, assédio moral ou sexual, assim como quaisquer atitudes que não estejam alinhadas a valores como respeito, cuidado e empatia".
A empresa também informou que está à disposição da vítima.
Com informações G1.